O principal fator que enfraqueceu Rodrigo Maia (DEM) nos últimos meses foi uma briga com o ministro da Economia, Paulo Guedes, bem no início da pandemia.
A discussão foi feia e mais feia ainda foi a consequência para o presidente da Câmara. Parte do centrão, menos fisiológico, mas economicamente muito liberal, espera que Paulo Guedes sempre tenha todo apoio possível no Congresso.
Maia virou um obstáculo por um período e Bolsonaro ganhou terreno, usando Arthur Lira (PPAL) contra Maia, oferecendo cargos no governo e fortalecendo Guedes, ao invés de demitir o ministro, como chegou a pensar em fazer.
Maia teve paciência e foi recuperando terreno. Colheu os primeiros frutos quando aprovou o Marco do Saneamento, com votos do centrão. Depois, aproximou-se da oposição que tem mais de 130 deputados e fez com que eles enxergassem que ele, Maia, é o único que pode evitar que Bolsonaro assuma o controle da Câmara.
Pra finalizar, ontem (16) foi almoçar com Guedes e fizeram as pazes. Falaram sobre reforma Tributária, sem discutir CPMF, como queria Guedes. Mas foi tudo bem. Maia já avisou que nenhum novo imposto vai ser aprovado na Câmara e o ministro respeitou isso, por enquanto.
Logo após a briga, quase quatro meses atrás, um grupo informal de deputados foi criado com o objetivo de reaproximar Maia e Guedes.
Pelo visto, conseguiram.
Entre os que trabalharam nessa reaproximação está o deputado pernambucano Silvio Costa Filho (Republicanos). Ele até já protocolou convite para que o ministro apresente a reforma Tributária na Comissão que discute o tema na Casa. Ida deve ser em agosto.
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