Uma pergunta que tem sido frequente desde a semana passada, quando o PT decidiu que iria lançar Marília Arraes (PT) candidata à prefeitura do Recife, mas não entregaria os cargos que ocupa na atua gestão municipal, nem no governo do Estado: "pode ser assim?".
Vários partidos que estão decidindo seu futuro nos próximos dias, como o próprio PDT e o MDB, ou mesmo o PSD, o Solidariedade, devem ficar pensando que se isso é possível para o PT, também não seria para eles?
Lançam candidatos, vão participar de debates e pedir votos, alguns que iriam para João Campos (PSB), mas tudo bem continuar com todos os cargos e os benefícios que possuem hoje na administração do PSB. Se o PT pode, todo mundo pode.
No próprio PSB há um certo incômodo. Há quem se pergunte quando os petistas pretendem desembarcar, se é que vão fazê-lo. Consideram que não cabe ao PSB mandá-los sair, porque foi o PT quem quis desfazer a aliança local.
Como a gestão de Geraldo Julio está no fim, é mais uma questão de lógica partidária do que estratégica. São espaços que, por enquanto, não interessam a outros aliados. Só em 2021, no caso de o PSB conseguir eleger Campos.
O uso que poderá ser feito das secretarias para promover alguma ajuda à Marília também não é uma preocupação, já que isso pode ser acompanhado de perto e não há disposição desses petistas em participar da campanha dela.
Mas, como disse um aliado, é "pelo desaforo".
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