Um dos requisitos para economizar dinheiro e manter as contas do país em dia é fazer a reforma Administrativa. Mas, reforma Administrativa é algo que o Congresso não deve querer fazer. Ou vai cobrar muito caro.
É preciso gastar menos e ter uma gestão pública mais moderna e estruturada. Pautar a reforma foi um dos compromissos assumidos pelo Congresso, com Bolsonaro, para que fosse decretada a paz entre os poderes.
A promessa foi de pautar, não de aprovar.
Principalmente porque a responsabilidade de conseguir aprovação no Legislativo é do Executivo, acionando a sua base e negociando os votos.
Depois da votação de ontem, no Senado, em que foi derrubado o veto de Bolsonaro sobre o reajuste dos servidores, mesmo depois de um acordo com o governo, o sinal é de que não há clima pra fazer reforma Administrativa coisa nenhuma.
O líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB), reclama que o acordo foi quebrado e estava tudo certo para manter o veto. A esperança agora é a Câmara.
Não será fácil para Guedes equacionar a necessidade de gastar mais por causa da pandemia com a necessidade de economizar para que o Brasil não afunde. É preciso ultrapassar o corporativismo, o lobby sindical e o oportunismo de parlamentares.
O Brasil não é um país difícil.
O Brasil, por vezes, parece impossível.
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