Eleições 2020

A defesa que Marília não faz das gestões do PT entre 2000 e 2012 começa a incomodar

A reclamação de alguns petistas é que a pré-candidato não está disposta a defender o legado do PT das gestões de João Paulo e João da Costa pra evitar rejeição

Igor Maciel
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Igor Maciel
Publicado em 26/08/2020 às 10:59 | Atualizado em 26/08/2020 às 11:01
Foto: Alexandre Severo/Acervo JC Imagem
Os ex-prefeitos do Recife João Paulo e João da Costa - FOTO: Foto: Alexandre Severo/Acervo JC Imagem

Pessoas ligadas às gestões do PT no Recife começam a reclamar que Marília Arraes (PT) não parece disposta a defender o legado do partido na cidade.

É como se estivesse preocupada em evitar a parcela de rejeição que a sigla tem na capital, ignorando o que foi realizado entre 2000 e 2012 durante três gestões.

No plano nacional, o PSDB cometeu um erro parecido por anos, tentando esconder Fernando Henrique Cardoso com orientação de marqueteiros. Como resultado, tornou-se um sensacional case de erros, tendo dificuldades até hoje para descer do muro em que se colocou quando tentava fugir dos fracassos ao invés de discutir seus avanços.

É injusto dizer que o Recife não avançou em alguns aspectos durante as gestões do PT.

Estar no partido, disputando a prefeitura e não evidenciar isso pode custar alto.

Rejeição é algo que não se reverte negando ou escondendo, mas discutindo e compreendendo. A rejeição ao PT aqui é muito mais conectada com Lula (PT) e com os erros nacionais do que com questões locais.

João Paulo, hoje no PCdoB, pode até ser questionado por erros de condução política posteriores, mas deixou o cargo com aprovação de 88%. João da Costa (PT) pode ter sido impedido de tentar a reeleição em 2012, mas também tinha boa aprovação e poderia ter sido reeleito.

Não reconhecer isso, além de injusto, é erro estratégico.

É como se você indicasse ao adversário onde ele deve bater, porque aquilo é ponto fraco para você.

Numa eleição, é fatal.

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