História repetindo

Se cair na armadilha de gastar mais do que pode, Bolsonaro pode terminar como Dilma Rousseff

Há na oposição e até no centrão fisiológico oportunista o desejo de que o governo gaste tudo o que tiver e o que não tiver. Depois, quando o País quebrar, não será problema deles.

Igor Maciel
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Igor Maciel
Publicado em 01/09/2020 às 19:30
ISAC NÓBREGA/PR
O presidente Jair Bolsonaro durante solenidade em Brasília - FOTO: ISAC NÓBREGA/PR

Há uma armadilha para Bolsonaro sendo montada com o apoio de sindicatos e políticos de oposição no Brasil. A maioria de esquerda, com alguns do centrão, tão fisiológico, populista e oportunista quanto alguns colegas de PT, PCdoB, PDT, PSOL, PSB e correlatos.

Fazer o governo gastar mais dinheiro do que pode é a melhor forma de encaminhar a atual gestão para o mesmo destino que teve Dilma Rousseff (PT) em 2016.

Fato é que o Brasil teve seu segundo trimestre de resultado negativo no PIB, entramos em recessão técnica, o déficit se aproxima de R$ 1 trilhão, mas esses parlamentares, armados de irresponsabilidade retórica, com ameaça de transformá-la em prática através de votações, reclama que, ao invés de reduzir custos, o Brasil deveria gastar mais.

Na prática, estamos no fundo do poço e a "luta" é para que o governo cave mais um pouco.

A definição do jornalista Ribeiro Couto, popularizada por Sérgio Buarque de Holanda, do brasileiro como "Homem Cordial", costuma ser confundida com cordialidade, quando trata-se, na verdade, de um indivíduo muito mais conectado ao coração do que ao cérebro, às emoções contra a racionalidade.

É esse defeito, e não qualidade, que permite aos políticos serem irresponsáveis, para depois serem dissimulados e ainda ganharem popularidade com isso.

Reclamam que é preciso gastar mais. Depois, com o País quebrado, reclamam que se deveria ter gastado menos.

E nas duas ocasiões, pedem voto.

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