Eleições 2020

Se a oposição pretende entregar a prefeitura do Recife para o PSB ou pro PT, o trabalho está magnífico

É como naquele dia em que você promete que se fizer sol vai à praia, mas quando finalmente o dia está limpo e iluminado, você nem levanta da cama. O cenário que a oposição sonhava está posto e, ao invés de um trabalho conjunto, só se vê desavença.

Igor Maciel
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Igor Maciel
Publicado em 02/09/2020 às 18:58 | Atualizado em 02/09/2020 às 18:58
ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM
Só dá praia pra quem vai à praia - FOTO: ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM

Quando há verdade de propósito, questões pessoais tornam-se tão pequenas que nem são vistas. Caso contrário, o propósito não era tão verdadeiro assim. A direita, em Recife, repete que é preciso tirar o PSB e o PT da prefeitura, mas parece trabalhar dia e noite para mantê-los por lá.

Ao invés de união, rupturas. Onde deveria haver firmeza no objetivo, vê-se ele sendo posto em plano secundário.

Ano passado, numa conversa com um dos membros da oposição, dizia-se que no caso de Marília Arraes (PT) ser candidata, o cenário seria perfeito para um único candidato da direita, porque a petista iria dividir votos com João Campos (PSB) e facilitaria a vida da oposição.

Hoje, estamos como naquele dia em que você promete que se fizer sol vai à praia, mas quando finalmente o dia está limpo e iluminado, você nem levanta da cama. O cenário que a oposição ao PSB sonhava está posto e, ao invés de um trabalho conjunto, há cinco projetos diferentes com Mendonça (DEM), Patrícia Domingos (Podemos), Marco Aurélio (PRTB), Carlos Andrade (PSL) e Alberto Feitosa (PSC) pedindo votos, cada um pro seu próprio nome.

Mais que isso, uma sexta candidatura, do Cidadania, ainda não está descartada.

Mais que isso, os candidatos acham pouco e brigam entre si.

Se o objetivo é fazer o inverso do que têm dito e entregar a eleição ao PSB ou ao PT, estão fazendo um belo trabalho.

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