Em 2018, o PSB usou um termo como algo pejorativo que acabou "pegando" e constrangia a maioria dos membros da oposição: "Turma de Temer".
O presidente, na época, tinha popularidade tão baixa que era difícil ficar associado eleitoralmente a ele. O PSB, apesar de ter votado pelo impeachment de Dilma e ter apoiado Michel Temer inicialmente, fugiu do barco na primeira oportunidade e usou isso contra os adversários.
Agora, apesar de terem iniciado tentando bater muito no presidente para criar um ambiente de rejeição e depois jogar isso nos adversários, repetindo 2018, com algo como "Turma de Bolsonaro", a reversão nos índices de popularidade do atual morador do Palácio da Alvorada complicou a estratégia.
Ao invés de constrangimento, candidatos na direita aproveitaram as convenções para mostrar orgulho e proximidade.
Mendonça (DEM) soltou um musical "Mendonça é Bolsonaro e Bolsonaro é Mendonça", no evento.
Patrícia Domingos (Podemos) teve Clarissa Tércio (PSC) fazendo discurso com "Recife acima de tudo e Deus acima de todos".
Alberto Feitosa (PSC) fez a convenção com uma foto de Bolsonaro como fundo.
Todos têm pesquisas e sabem que Bolsonaro vai ajudar a agregar votos ao invés de atrapalhar.
Todos, inclusive o PSB, que até deixou de criticar Bolsonaro diretamente.
A ideia socialista de nacionalizar a eleição parece que perdeu-se pelo caminho.
O jeito será falar do Recife e de seus problemas. Assunto não vai faltar.
Será melhor ou pior?
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