Marília Arraes (PT) começou buscando votos na centro-direita, tentando esconder Lula (PT) e o vermelho do partido para ampliar alcance. Quando as pesquisas começaram a apontar queda, precisou reagir. Agora, Lula, Arraes e o vermelho estão mais presentes do que nunca.
A pesquisa eleitoral também mudou a campanha de João Campos (PSB), que percebeu Mendonça como um adversário para o segundo turno e passou a evitar bater nele, temendo que o atrito no primeiro turno o fizesse perder votos da esquerda para Marília.
É também baseado em pesquisas que Mendonça não bate diretamente em João, pra não gastar munição que poderá ser usada no segundo turno. Centraliza as pancadas na gestão Geraldo Julio (PSB) que tem baixa aprovação.
As pesquisas vêm mostrando que a Delegada Patrícia (Podemos) estacionou e, nessas pesquisas, o filão de oportunidade visualizado é dos votos que estão com Marília Arraes e Mendonça Filho dos que não querem o PSB. Por isso ela passou a se apresentar como a "única que pode tirar o PSB do poder", tentando se encaixar e crescer.
Cada vez que uma pesquisa é divulgada, as estratégias vão sendo ajustadas. O levantamento do Ibope que deve ser apresentado nesta quinta-feira (15), é a segunda rodada, com a mesma metodologia e abordagem. Por isso torna-se tão importante. Por ser impossível comparar pesquisas de institutos diferentes, essa vai dar uma dimensão real do efeito que as mudanças de estratégia estão tendo na campanha.
Além disso, é a primeira pesquisa do Ibope desde que o guia eleitoral entrou no ar. A propaganda, talvez, seja o maior foco de teste com esses números. O que ela conseguiu mudar?
A pesquisa Ibope/JC/TV Globo deve ser divulgada hoje à noite.
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