Eleições 2020

Crescimento de Marília no Recife é recado de que existe cansaço com o PSB na esquerda e na direita

É uma constatação de que o cansaço com os socialistas também veste vermelho. Há uma parte do eleitorado que vota em João Campos por falta de opção viável no campo político e não admite votar em alguém ligado à direita.

Igor Maciel
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Igor Maciel
Publicado em 29/10/2020 às 19:00 | Atualizado em 29/10/2020 às 19:00
RICARDO STUCKERT/DIVULGAÇÃO
Marília Arraes e Lula - FOTO: RICARDO STUCKERT/DIVULGAÇÃO

É engano acreditar que a rejeição ao PSB, um tipo de fadiga de material, acontece só entre os que hoje se identificam como sendo de direita. Marília Arraes (PT) cresceu quando trouxe Lula (PT) e Arraes para o guia eleitoral.

Mais do que uma estratégia individual, é uma constatação de que o cansaço com os socialistas também veste vermelho. Há uma parte do eleitorado que vota em João Campos por falta de opção viável no campo político e não admite votar em alguém ligado à direita.

Quando desistiu de buscar votos no centro e abraçou suas origens, Marília subiu de 14% para 18%. Foi a única que variou fora da margem de erro e para cima. Até mesmo a Delegada Patrícia (Podemos) subiu, mas ficou dentro da margem.

Metade das intenções de voto que representam esses 4 p.p de crescimento da petista, presume-se, vieram exatamente de João Campos (PSB). 

Marília também foi a candidata que menos oscilou em sua rejeição. Passou de 19% para 21%.

Patrícia, por exemplo, passou de 14% para 20% na rejeição.

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