Jair Bolsonaro declarou apoio à candidata Delegada Patrícia (Podemos) na eleição do Recife e a grande expectativa era pela primeira pesquisa que pudesse captar o resultado desse apoio.
O "efeito Bolsonaro", como muitos têm chamado, não parece ter sido positivo.
Na pesquisa Ibope, publicada na segunda-feira (9), ainda era difícil garantir que a declaração de apoio, feita no sábado, já estivesse contemplada.
Agora, no levantamento do Datafolha da quarta-feira (11), está. E, mesmo mantendo o padrão de apenas fazer paralelos entre metodologias iguais, é possível perceber algo importante.
Considerando apenas os últimos dois levantamentos do Datafolha, Patrícia saiu de uma rejeição de 35% para 40%. Mesmo oscilando positivamente em 1 p.p nas intenções de voto, o aumento na rejeição expõe um preço alto para pouco lucro.
Mendonça Filho (DEM), que no início da disputa era apontado como o que os bolsonaristas mais se identificavam, pode ter se beneficiado com o anúncio de apoio do presidente à adversária, livrando-se de uma rejeição que começaria a atrapalhar. No levantamento, ele reduziu a própria rejeição de 32% para 31%. No mesmo período, passou de 16% em intenções de voto para 18%.
O presidente, é sempre bom lembrar pra entender o movimento dos números, era apontado em outubro por grande parcela dos recifenses como um cabo eleitoral ruim.
Mais de 60% diziam que não votariam em candidato indicado pelo presidente.
Muito ainda pode acontecer até a urna, mas, até aqui, Bolsonaro ajudou Mendonça ao apoiar Patrícia.
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