Em PE, o PSB governava 70 municípios, com cerca de 4 milhões de habitantes.
Em 2020, já perdeu 16 pequenas cidades e ainda pode perder Recife e Paulista. Juntas, elas têm uma população de 1,9 milhões.
Antes de apoiar o PT, o ex-senador Armando Monteiro (PTB) fez as contas e percebeu uma oportunidade na possível vitória de Marília Arraes (PT) que vai muito além de ela estar no PT, apesar de ele sempre ter sido próximo dos petistas.
É que, se ela vencer, o PSB sofrerá a maior derrota de sua história. Porque, apesar da derrota de Miguel Arraes para Jarbas, no passado, ter sido grande, o partido nunca caiu de tão alto.
Sem falar que uma queda assim, perdendo influência de gestão sobre parte tão expressiva do eleitorado, prejudica muito a campanha de 2022 e inviabiliza candidaturas por imposição de poder, como seria com Geraldo Julio (PSB), que no interior ninguém conhece, mas seria um forte concorrente apenas por ser do PSB.
Esse mesmo cálculo está fazendo Ricardo Teobaldo ao levar o Podemos para apoiar Marília Arraes (PT).
Ficou curioso porque o partido foi o da Delegada Patrícia no 1º turno, a mesma que recebeu apoio de Jair Bolsonaro (sem partido) na reta final da disputa.
Nos bastidores, não era novidade que, desde o início da campanha, o deputado federal Ricardo Teobaldo (Podemos) e a candidata estavam apenas se aguentando. Logo após receber indicação da candidatura, ela teria feito críticas ao dirigente, que não gostou. O clima já era muito ruim.
É o mesmo cálculo que está fazendo Anderson Ferreira, ao levar seu apoio e o do PL para Marília Arraes. Todos estão pensando em 2022 e no baque que vai ser uma derrota para o futuro dos socialistas.
Agora, a matemática concorda, mas falta combinar com o eleitor.
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