A pesquisa Ibope/JC/Rede Globo divulgada nesta quarta-feira (18), não é o retrato de uma nova disputa, mas a continuação de um processo que estava se desenvolvendo no dia da votação e seguiu seu curso após o resultado.
Marília Arraes (PT) estava crescendo e continuou. João Campos (PSB) estava caindo e continuou.
O levantamento captou esse processo e isso explica os apoios que a petista recebeu nos primeiros dias. Também explica a preocupação de Campos em repetir que ia pra rua e que ia "conquistar voto a voto".
Campos tem uma difícil missão. Partindo atrás nos números, terá que convencer o eleitor de que Marília é algo que não o iguale, o que não é fácil.
Se fizermos uma lista, apontando que Marília está num partido suspeito de corrupção, que pratica o familismo e usa o sobrenome para conseguir votos, que é de esquerda, que não tem experiência e não tem uma boa atuação no Congresso, tudo isso pode ser colado em João da mesma maneira.
Os defeitos que ela possa ter apontados cabem nele da mesma forma.
O que ela tem que João não tem? A chance de tirar o PSB do poder, que deixa até alguns aliados do PSB salivando.
O levantamento do Ibope está apontando para isso. Possível, é. Mas, não será fácil para João reverter esse problema.
Comentários