A verdade doída, mas necessária, é um peso que só os grandes conseguem sustentar, usando-a no benefício coletivo. O resto é uma base frágil de falácia que atrapalha vidas.
Quando, no meio da eleição, vereadores aproveitaram a dificuldade dos rodoviários para fazê-los acreditar que bastava aprovarem uma lei na Casa e tudo seria resolvido, esta coluna explicou que aquilo não se sustentava e que estavam mentindo para os cobradores e motoristas.
Nas redes sociais, dois vereadores fizeram criticas à coluna e chegaram a dizer, com ironia, que ela devia "estar sendo escrita na Suíça".
Tratava-se, na verdade, não de estar alheio à realidade de motoristas e cobradores, mas de estar atento à lei que os vereadores aproveitaram o período eleitoral para aprovar e, depois, usaram da mesma estratégia para fazer com que ela fosse sancionada pelo prefeito Geraldo Julio (PSB).
O Recife viveu, nesse período, um exemplo claro das consequências de uma relação interessada entre sindicatos e políticos.
É uma relação na qual tudo interessa, mas o benefício ao público sempre será uma consequência menos importante.
A liminar do TJPE afirmando que a lei é inconstitucional é o início da briga, mas indica que foi tudo, mesmo, uma falácia eleitoral. Dessas, frágeis, que atrapalham a vida das pessoas.
Aqui ou na Suíça.
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