O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é uma figura curiosa. Aparenta ser um sujeito bonachão e atrapalhado, que não tem má intenção com nada. E nem deve ter, mesmo.
Orgulhoso em posar como ministro de Estado, acaba cumprindo seu papel de obediência e lealdade ao sujeito que lhe deu o cargo.
Não faria mal a ninguém se vivêssemos dias normais.
Mantendo hospitais minimamente abastecidos, conseguiria passar quatro anos fingindo competência.
Mas, com o Brasil e o mundo sofrendo debaixo da sola de uma pandemia, isso se torna um problema. Porque para agradar Jair Bolsonaro é preciso inverter valores, zombando do grave e rindo do sério.
O ministro da Saúde questionar o desejo de se conseguir vacina, classificando como "ansiedade", como se querer se vacinar e ver os familiares imunizados fosse algo exagerado, é um claro exemplo de como a incompetência perde o tino sob pressão.
De março até agora, morreram mais de 183 mil brasileiros, atingindo milhares famílias.
Pais que perderam filhos e filhos que perderam pais.
Os pais e filhos, ainda vivos, que não querem passar pela mesma situação, são os "ansiosos" de Pazuello.
Esses exagerados inconvenientes que podiam ficar quietos e deixar o general brincar de ministro, mas estão exasperados esperando vacinação.
Nã anda fácil ser brasileiro.
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