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Brasil deixou de liderar Mercosul pra observar os vizinhos, como quem não faz mais parte da turma

Argentina começa vacinação este mês e Chile promete começar a imunizar população na próxima semana. Brasil, só em fevereiro, talvez.

Igor Maciel
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Igor Maciel
Publicado em 17/12/2020 às 6:00
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DISCUSSÃO Ministros do STF vão decidir se vacina será obrigatória - FOTO: REUTERS/MICHAEL WEBER/IMAGO IMAGENS/DIREITOS RESERVADOS

O governo brasileiro empenhou-se tanto em ser capacho dos EUA nos últimos dois anos que esqueceu de exercer sua liderança na América do Sul.

E as oportunidades para ampliar essa posição não faltaram, do ponto de vista econômico e também político. Praticamente todos os países vizinhos tiveram problemas de toda ordem.

A Colômbia com os refugiados venezuelanos, a Argentina com a crise financeira, o Chile com os protestos e a Bolívia com uma crise política. Sem falar na própria Venezuela que é uma crise sem fim em aspectos diversos.

Todos, em menor ou maior grau, ofereceram oportunidades para que o Brasil assumisse algum tipo de apoio.

Mas estávamos ocupados tentando agradar Donald Trump.

Na pandemia, o Brasil poderia ter assumido responsabilidades regionais com os países vizinhos na compra dos respiradores, poderia estar assumindo essas responsabilidades agora, com a vacina.

Ao invés disso, o Brasil está é atrasado em relação aos colegas.

O Chile começa a vacinar na semana que vem e a Argentina garante que começa até o fim do mês.

Aqui, segundo o ministro da Saúde, só deve ter vacinação em fevereiro.

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