Temos 33 partidos no Brasil brigando por uma fatia gorda dos nossos impostos.
A prática é que o brasileiro paga caro por um leque de opções em cada eleição, que atenda interesses públicos diversos.
Se for pensar bem, não faz sentido.
Porque esses interesses não seguem o fluxo do desejo popular, e sim das particularidades dos indivíduos que comandam essas siglas e seus acordos.
Vejamos PE e o mais recente salto por sobre o balcão da política local. O deputado estadual Marco Aurélio (PRTB), quando vereador, foi da base do PSB. Em 2018, virou o maior crítico do PSB e, justiça seja feita, o mais declarado bolsonarista. Venceu, conquistou uma cadeira.
E, logo de saída, quando a deputada Priscila Krause (DEM) ia assumir a liderança da oposição na Alepe, brigou para ficar com a função.
Fez críticas ao PSB de fazer corar o mais desbocado dos mortais.
Quando chegou a eleição de 2020, com um filho disputando cadeira de vereador, lançou-se candidato a prefeito. E, surpreendeu de novo, passou a maior parte da campanha brigando com os colegas de direita. Esqueceu o PSB.
Dizia-se de oposição, mas atacou o quanto podia o principal nome da oposição aos socialistas.
Ao fim, com o PSB vitorioso, diz ter sido procurado e decidiu oferecer, outra vez, seu apoio aos socialistas.
Um deputado da oposição, ao saber sobre a mudança, brincou: "retroativo a quando?".
Conclusão: partidos custam muito caro. Mas, caro mesmo é ele existir em benefício de quem o integra e não de quem o sustenta.
Algo parecido ocorreu na Câmara do Recife.
Rinaldo Júnior, que era líder da oposição, em setembro de 2019 filiou-se ao PSB e virou vice-líder... do governo.
Antes eleito com a força de sindicatos, muitos contrários à gestão PSB, agora não conseguiu mais se eleger.
Outra conclusão: o povo responde nas urnas.
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