Oposição
Raquel Lyra, Miguel Coelho e o toque de uma nota só na política pernambucana
Os dois, prefeitos de Caruaru e Petrolina, respectivamente, foram os maiores vitoriosos da oposição nas eleições de 2020. Num mundo em que só o PSB manda, eles serem vistos como única esperança de alguma mudança no futuro é sintomático.
Cadastrado por
Igor Maciel
Publicado em 03/02/2021 às 18:19
| Atualizado em 03/02/2021 às 18:35
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A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), ficou em evidência no estado por causa da vitória em primeiro turno na eleição de 2020, com mais de 60%.
Rapidamente, surgiram relatos sobre a possibilidade de ela protagonizar uma das chapas para a eleição ao governo do Estado em 2022. Por enquanto, não passam de conjecturas.
Mas, se há algo que ramifica com facilidade são as tais conjecturas. Conjecturas, na política, fazem um cisco parecer cordilheira.
Nesta primeira semana de abertura dos trabalhos legislativos em Brasília, Raquel, como outros prefeitos, aproveitou para fazer uma visita à capital e conversar com deputados e senadores pernambucanos. Está em busca de verbas para a cidade que governa. É algo tão natural para um gestor municipal, dentro do centralizado pacto federativo que nos desgoverna, quanto respirar.
Ela aproveitou para confirmar verbas no FNDE. E saiu de lá "integrando", no que depender da imaginação de seguidores nas redes sociais, ao menos três chapas pro governo de Pernambuco.
As "chapas" mais comentadas foram com Daniel Coelho (Cidadania), Fernando Bezerra Coelho (MDB) e até com Marília Arraes (PT), cujo PT é oposição em Caruaru.
Miguel Coelho (MDB), prefeito de Petrolina, que venceu a eleição com quase 80% dos votos, tem passado por situação bastante parecida. Qualquer aperto de mão vira chapa pra 2022.
A verdade é que não tem sido fácil ser oposição ao PSB em Pernambuco. Isso faz qualquer bom exemplo de vitória, mesmo que não carregue lógica partidária, geográfica ou temporal, virar certeza absoluta.
É impressionante como a política local ficou monocórdica.