Triste realidade

A triste disputa entre petistas e bolsonaristas para ser o "melhor pior" do Brasil

Declaração de Hadadd sobre antibolsonarismo ser maior que antipetismo mostra como estamos nivelados por baixo. No chão.

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Igor Maciel

Publicado em 10/02/2021 às 19:29
Análise
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Em entrevista, nesta quarta-feira (10), o ex-ministro Fernando Haddad (PT), que colocou o bloco na rua para ser candidato a presidente em 2022, resumiu bem a insólita realidade que o Brasil alcançou, após tanto esforço e sacrifício no desenvolvimento de sua democracia.

Segundo o petista, candidato derrotado em 2018, o "antibolsonarismo" agora é muito maior do que o "antipetismo".

Uma boa maneira de definir fracasso é quando começamos a balizar nossas decisões por aquilo que é "menos ruim".

Haddad, talvez com a intenção de se mostrar melhor que o adversário, acabou confirmando nosso fracasso democrático.

Não apenas no âmbito nacional, a verdade é que a falta de opções virou cenário comum nas eleições já há alguns anos. Escolhem-se prefeitos, governadores e presidentes por exclusão.

Decide-se o nome de um gestor público, não pela qualidade do mesmo, mas pela ausência de algum nome melhor.

Nossa política está nivelada por baixo no nível mais rasteiro e isso não tem como ser bom para o país.

O Brasil precisa de um eletricista para consertar suas instalações e lhe devolver a luz.

Basicamente, o que está para acontecer é termos que escolher entre quem vai receber sem fazer o serviço ou quem vai fazer o serviço e provocar um incêndio na casa.

Ser brasileiro não tem sido algo fácil.

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