Cena Política

O PSL entre três caminhos: aceitar Bolsonaro, aliar-se ao centro ou ficar onde está e virar nanico

As eleições municipais mostraram que não adianta ter apenas dinheiro e tempo de TV. Sem argumento, sem uma onda, sem um grande puxador de votos, será a volta ao planeta dos nanicos.

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Igor Maciel

Publicado em 05/04/2021 às 9:51
Análise
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O PSL olha para o espelho e pensa: qual apoio terei se Bolsonaro voltar? A resposta não é óbvia como se imagina, porque não existe obviedade lógica entre bolsonaristas.

É um segmento humano que grita apenas na direção do vento.

Dentro do PSL há quem acredite que, ao invés de apoio, Bolsonaro vai é tomar o partido para si, de uma vez por todas, pela destruição de quem estiver lá.

Para que o presidente retorne, o PSL teria que expulsar paramentares que estão na sigla e são inimigos, caso de Joice Hasselmann (PSL).

Sem os críticos internos, restariam no partido aqueles que não criticaram Bolsonaro, mas ficaram a favor de Luciano Bivar quando o presidente do PSL brigou com o presidente da República. Os "isentões", seriam massacrados também.

O PSL de Bivar está com o futuro em xeque. Sem Bolsonaro, também, apesar de muito dinheiro e tempo de TV, está fadado a virar um nanico em 2022.

As eleições municipais mostraram isso. A onda que fez o PSL virar o segundo maior partido do Brasil passou.

Resta decidir entre abraçar esse destino, aliar-se a alguma força de centro para sobreviver ou a Bolsonaro, sob risco de ser destruído também.

Não é decisão fácil.

 

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