Cena Política

O resumo de uma quinta-feira com muitas mortes e ambições pessoais e políticas como prioridade

Mais de 4 mil famílias perderam entes queridos por causa de uma doença que vem sendo utilizada como plataforma eleitoral e/ou pessoal, por diversos agentes, todos os dias.

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Igor Maciel

Publicado em 08/04/2021 às 22:11
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Relatório da tarde de uma quinta-feira, 8 de abril de 2020:

Um deputado pernambucano trocou empurrões com um oficial da Polícia Militar ao tentar entrar, à força, num local de vacinação da PM. Policiais reclamam que ele estava sem máscara de proteção e queria fazer imagens para usar na campanha de reeleição em 2022. Ele nega.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), chamou o governador de SP, João Doria (PSDB), por palavrões que nem dá pra publicar aqui. Doria ironizou dizendo que o Butantan tem vacina antirrábica e que vai vacinar o chefe do Planalto.

No STF, decidia-se acerca do direito que as pessoas têm de ir às igrejas, "porque são cristãs e querem enfrentar a morte", de acordo com uma comparação bizarra feita pelo Advogado Geral da União, entre aglomeração e a morte de cristãos jogados aos leões em arenas romanas.

Fora do Supremo, um grupo de pastores, ajoelhados, gritavam e tocavam pandeiro, cobertos com uma bandeira do Brasil.

Quase todos os mencionados acima têm pretensões particulares, sejam políticas, financeiras ou jurídicas.

No fim desta mesma tarde, foram confirmadas 4.249 mortes por covid-19 em 24h. Mais de 4 mil famílias perderam entes queridos por causa de uma doença que vem sendo utilizada como plataforma eleitoral e/ou pessoal, por diversos agentes, todos os dias.

É o relatório.

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