Cena Política

Equipe da gestão Bolsonaro é incompetente para gerenciar crise e costuma até criá-las, como no caso dos operários fazendo o "L" de Lula

A foto não foi vazada, publicada por um jornal. A imagem foi postada no site oficial do ministério da Desenvolvimento Regional que, depois, ficou inventando narrativas de "interpretação de dedos".

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Igor Maciel

Publicado em 25/06/2021 às 9:13
Análise
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Em ambientes de poder, como Brasília, costuma-se dizer que ninguém pode sangrar, porque o "cheiro" é sentido de longe.

Parecer atordoado atiça os predadores.

A denúncia do deputado Luiz Miranda (DEM-DF) no qual os próprios políticos não confiam muito, sobre a compra das vacinas indianas, não tinha chamado tanta atenção, até que o governo demonstrou preocupação excessiva e o ameaçou.

Vendo que havia algo errado com o nervosismo do ministro e até do próprio presidente, os membros da CPI e os jornalistas começaram a aprofundar a denúncia.

Agora, já foram descobertas provas de documentos que o governo disse que não existiam.

A coisa é tão séria que os senadores, que nem com muita necessidade costumam trabalhar na sexta-feira, deram expediente.

Esta semana, mais um exemplo do amadorismo da equipe de Bolsonaro. Não sabem lidar com crises e geram crises que nem existiam.

Em visita ao RN, o presidente posou com operários em fotos. Alguns fizeram gestos em alusão a Lula (PT).

Se houvesse controle, a imagem não tinha sido publicada. Mas, foi, e no site do Ministério do Desenvolvimento.

Como diz o ditado sobre emendas e sonetos: piorou depois. Primeiro, tentaram justificar dizendo que, na verdade, eles "apontaram pro céu, pra Deus".

Ficou ainda mais curioso, porque era como se o ministério estivesse tentando fazer "interpretação de dedos".

Quando viram que ninguém se convenceu e as redes sociais começaram a ferver com a foto e a resposta, decidiram apagar a imagem.

Claro, ajudaram a prolongar o assunto e a crise.

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