Cena Política

Túlio Gadêlha, que vai sair do PDT, reclama sem razão de algo que ele já sabia como funcionava

Túlio está no PDT desde 2007. Situação dele é diferente de Tabata Amaral, por exemplo, que deixou a sigla na qual ingressou só em 2018, para a eleição, após uma quebra de acordo.

Imagem do autor
Cadastrado por

Igor Maciel

Publicado em 07/07/2021 às 7:00
Análise
X

Túlio Gadêlha e Tabata Amaral, dois deputados que estarão fora do PDT na próxima eleição, não podem ser comparados, apesar de ambos terem tido atritos com a direção partidária.

A deputada paulista brigou com o partido, mas quando ingressou na sigla foi levada pelo movimento RenovaBR, do qual faz parte. Um acordo de independência foi feito e o PDT aceitou.

No caso de Tabata, foi o PDT que não respeitou o acordo e criou confusão quando a deputada votou contra orientação do partido, na reforma da Previdência. Ela, que entrou em 2018, já se desfiliou.

Com o pernambucano Túlio Gadêlha é diferente. O motivo: ele sabia onde estava pisando.

Gadêlha deveria estar acostumado com o modo de se fazer política dentro do partido, já que está no PDT desde os 20 anos de idade e participou da chamada Juventude Socialista (JS-PDT).

Túlio passou um terço da vida no PDT. Quando desrespeitou a orientação partidária de negociar com o PSB e forçou o próprio nome para ser candidato a prefeito em 2020, sabia que havia consequências.

Quando aceitou ser presidente municipal do PDT no Recife, sabia que se tratava de uma comissão provisória, onde quem manda mesmo é o presidente nacional.

O PDT por aqui é uma comissão provisória, segundo o próprio Túlio, há 27 anos.

Foi nesse sistema que ele foi eleito deputado, foi nesse sistema que ele assumiu a presidência do partido, mas a reclamação veio somente quando se sentiu prejudicado.

Hoje com 33 anos, o sistema já era assim quando o deputado estava sendo alfabetizado. Chateado, é normal.

Mas, não dá pra se mostrar surpreso e indignado agora.

Tags

Autor