Cena Política

Ajuntamento de governadores com poucos resultados. Compras do Consórcio Nordeste devem ser investigadas, sim

Grupo de governadores não pode ser investigado na CPI, mas não impede que órgãos de controle atuem. Fato é que, seja com respiradores ou com vacinas, compras tiveram problemas.

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Igor Maciel

Publicado em 28/07/2021 às 9:15 | Atualizado em 28/07/2021 às 9:18
Análise
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O Consórcio Nordeste, ajuntamento de governadores que já fez muito barulho com pouco resultado, custa dinheiro. Há uma estrutura que é montada e mantida pelos estados. Não é gratuito. Nessa pandemia, as dificuldades do grupo para fazer compras e os problemas operacionais e políticos que essas tentativas de aquisição trouxeram, mostram que não é algo que valha a pena.

Vai além. Bolsonaro é um incompetente em forma e conteúdo, mas seus ataques ao Consórcio precisam ser isolados de sua intenção eleitoral para que se observe: o consórcio, promovido com a intenção de viabilizar compras e conseguir preços menores com fornecedores numa negociação, falhou em seu maior teste que foi a pandemia. E falhou miseravelmente.

Nos dois momentos mais importantes de compras, quando a necessidade eram respiradores ou vacinas, deu tudo errado.

Entre junho e julho, o governo de Pernambuco chegou a anunciar que não compraria mais através do grupo durante a pandemia. Na época, seguiu recomendação do TCE, depois de comprar respiradores e os equipamentos não serem entregues.

Bolsonaro está certo quando diz que os governadores foram blindados na CPI.

Eles não poderiam ser investigados, desde o inicio, mas o consórcio merece, sim, uma investigação, através dos órgãos de controle devidos.

>>> Pernambuco não compra mais pelo Consórcio Nordeste na pandemia. Não serve pra negócios, nem pra política

Há muitas perguntas sem resposta quanto aos respiradores. E há uma estranheza na insistência do grupo para comprar as vacinas russas das quais todo mundo desconfia.

E, ajuntamento que não deve, não teme.

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