Cena Política

A relação dos governadores com as polícias militares. Hierarquia também é presença e apoio

Governadores costumam se limitar a escolher um secretário de Segurança que cumpra a missão enquanto eles se omitem. Isso precisa acabar, mas não acontece com mágica e não acontece com perseguição. Estar presente é fundamental.

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Igor Maciel

Publicado em 24/08/2021 às 8:00
Análise
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Pais, juizes de futebol e comandantes não podem se dar ao luxo da ausência, nem por um breve momento, sob risco de, ao tentarem retomar a voz, estarem engasgados.

É muito importante lembrar disso no momento em que há uma escalada de tensão entre as Polícias Militares e seus governadores, que são seus comandantes.

O sistema que sustenta a hierarquia policial foi terceirizado há anos.

Seja porque os gestores, políticos, não querem ser vistos como partícipes de maus resultados da segurança pública, seja porque não querem ser diretamente cobrados pela falta de estrutura de trabalho dos policiais, seja porque não têm tempo para isso e assumem outras prioridades, a verdade é que governadores costumam se limitar a escolher um secretário de Segurança que cumpra a missão enquanto eles se omitem.

Isso precisa acabar, mas não acontece com mágica e não acontece com perseguição, é bom avisar.

Hierarquia não se constrói com a imposição da letra da lei, mas com presença efetiva, empática, e com um sistema de punição e recompensa adequado e humano.

Essa aproximação acontece também com melhores condições de trabalho para as polícias, pra que eles se destaquem naquilo que devem se destacar que é o sucesso das ações de Segurança Pública junto ao cidadão, e não como instrumento político.

Seja de quem for.

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