Cena Política

Luciano Bivar virou o presidente do maior partido do Brasil

Fusão de partidos foi aprovada hoje e colocou o deputado pernambucano em uma posição de destaque nacional ainda maior.

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Igor Maciel

Publicado em 06/10/2021 às 16:00 | Atualizado em 06/10/2021 às 16:40
Análise
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O deputado pernambucano Luciano Bivar, que fundou e preside o PSL desde 1994, tornou-se agora presidente nacional do União Brasil, com a fusão entre PSL e DEM.

Em 2018, logo após a vitória de Bolsonaro, numa entrevista a este colunista, Bivar afirmou que não pretendia ser apenas uma plataforma partidária usada pelo presidente eleito para desaparecer em seguida. Bolsonaro tinha acabado de vencer a eleição pelo PSL.

Bolsonaro bem que tentou. Saiu da sigla, provocou uma crise, tentou criar um novo partido (que ainda não saiu do papel).

Mas, Bivar foi se segurando, apoiado na legislação eleitoral e na bancada de 54 deputados que conseguiu fazer, com a onda bolsonarista.

Até 2018, o único deputado federal que o PSL conseguiu fazer, em 20 anos, havia sido o próprio Bivar.

Com a bancada expressiva em 2018, garantiu o maior fundo partidário e maior tempo de TV e Rádio do país, empatado com o PT.

Nisso, Bolsonaro não poderia mexer.

Bivar transformou essa vantagem em um capital político que precisava ser utilizado antes de 2022. E, daí, surgiu a ideia de fusão com o DEM.

O DEM que já foi o PFL, que já era uma dissidência do PDS, tem a história que o PSL não tinha e uma capilaridade muito mais abrangente do que a sigla de Bivar.

Juntos, terão 82 deputados federais, 562 prefeitos, 7 senadores, 4 governadores e mais de 5,5 mil vereadores.

Na divisão dos cargos, a presidência ficou com Bivar e a secretaria-geral com ACM Neto, que presidia o DEM.

Na prática, os dois mandam.

Bivar cumpriu a promessa de não deixar o partido ser apenas um trampolim bolsonarista e ainda virou presidente da maior sigla do Brasil.

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