Cena Política

Tem matemática e tem um pouquinho de maldade nas tratativas sobre a expulsão de Clodoaldo do PSB

Há quem raciocine, por exemplo, que se o hoje socialista for para outro partido, leva a maior parte dos votos com ele e atrapalha até a chapa majoritária.

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Igor Maciel

Publicado em 03/01/2022 às 11:14 | Atualizado em 03/01/2022 às 12:26
Análise
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A expulsão de Clodoaldo Magalhães do PSB, que alguns disseram estar muito próxima há alguns dias, pode acabar nem acontecendo.

Se tem algo que caminha junto com eleição é matemática. Nem sempre dois mais dois é igual a quatro, mas a matemática está lá de alguma maneira.

Alguns socialistas começaram a se perguntar se era necessário expulsar o deputado estadual pelo simples fato de ele ter conseguido reunir muitos votos e ameaçar a reeleição de deputados federais com história no partido.

A conta, talvez, tenha sido feita depois que o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), abriu as portas da sigla para que Clodoaldo, atual primeiro secretário da Alepe, fosse disputar a Câmara Federal por lá.

Houve quem se perguntasse o que Ferreira ganhava, já que isso poderia atrapalhar o irmão dele, André Ferreira (hoje no PSC mas indo para o PL).

Nos bastidores, um auxiliar de Anderson deu a dica: "os votos são outros e Clodoaldo se elege sozinho. Se viesse, apenas ajudaria sem atrapalhar ninguém".

Também de olho nisso, Raquel Lyra (PSDB) se adiantou e, junto com o presidente nacional do PSDB, ofereceu a sigla para Clodoaldo, de olho nos votos que pode alcançar na Zona da Mata, principalmente.

Aí o PSB resolveu repensar a estratégia.

Há quem raciocine, por exemplo, que se o hoje socialista for para outro partido, leva a maior parte dos votos com ele e atrapalha até a chapa majoritária.

Há também quem pense que no PSB fica mais fácil atrapalhar ele do que no palanque adversário.

Nessa matemática também há um pouco de maldade.

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