Cena Política

Paulo Câmara, Geraldo Julio e os carregadores de piano escondidos pelo PSB

O primeiro foi escondido na eleição de 2020 e o segundo começou a eleição de 2022 sendo escondido também.

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Igor Maciel

Publicado em 07/04/2022 às 13:59 | Atualizado em 07/04/2022 às 14:01
Análise
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Justiça é um conceito relativo na política.

Mas, é justa a forma como o PSB trata os seus?

Geraldo Julio (PSB) e Paulo Câmara (PSB) sustentaram a barra quando o partido precisou. Tornaram-se para raios quando as crises chegaram. Foram condutores quando as eleições exigiram. 

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O primeiro foi escondido na eleição de 2020 e o segundo começou a eleição de 2022 sendo escondido também.

A provocação de Anderson Ferreira (PL) com Danilo Cabral (PSB), chamando a Frente Popular de "turma de Paulo Câmara", vale um questionamento do eleitor.

Danilo é o candidato de Paulo Câmara também? Porque a insistência do socialista em dizer que é o candidato de Lula (PT) está bem posta, mas o governador de PE nem é lembrado.

Carregadores de piano costumavam ser esquecidos quando não eram necessários, apesar do trabalho fundamental que desempenhavam. No Recife, eram tradicionais até a primeira metade do século 19 e tinham até canções características que entoavam juntos enquanto levavam a carga no topo cabeça, marchando no mesmo ritmo para que o instrumento não desafinasse.

Muitas vezes iam seis ou oito homens. Quem já viu diz que era um espetáculo bonito. E sempre havia uma música ritmada com os passos, menos quando o piano era de uma viúva, daí a tradição mandava que o cortejo fosse feito em silêncio.

Quem toca o instrumento e é celebrado, não deveria esquecer quem proporcionou aquilo. E, do seu jeito, foi artista também.

Paulo e Geraldo, mesmo que não tenham o brilho de gestões exitosas, mesmo que tenham baixa popularidade, cumpriram o que lhes foi exigido.

E vão ser guardados num armário?

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