Cena Política

Justificativa do PT para não aceitar André de Paula é contraditória. O que vale pra Danilo, não vale pra André?

Quando firmaram a aliança com o PSB que votou contra Dilma, petistas disseram que o passado ficava no passado. Era verdade?

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Igor Maciel

Publicado em 18/04/2022 às 13:55 | Atualizado em 18/04/2022 às 13:57
Análise
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O argumento petista de não aceitar André de Paula por ele ter votado com o governo durante o mandato é uma desculpa fajuta.

Quando foi do interesse do PT, até os petistas votaram com Bolsonaro nos últimos anos.

Ninguém recusava emenda do orçamento secreto, pelo que se sabe. O escolhido (e contestado) Carlos Veras (PT), inclusive, solicitou sete emendas de relator (do orçamento secreto) num total de R$ 3,1 milhões.

Ele já respondeu, declarou que as emendas não são mais secretas, que agora são transparentes. São as mesmas emendas do relator.

Dinheiro do governo ninguém recusa.

O que dizer também da votação pela presidência da Câmara? Sem os votos dos petistas, Artur Lira (PP) não teria sido escolhido.

E quanto ao fundão eleitoral bilionário que o PT também ajudou a aprovar?

É difícil querer julgar alguém pelo comportamento no legislativo. Se fosse assim, o PT teria que julgar Danilo Cabral (PSB) por ter votado pelo impeachment de Dilma.

Quando firmaram a aliança, petistas disseram que o passado ficava no passado.

É um comportamento bonito, mas vale para Danilo e não para André?

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