Cena Política

Tem candidato apresentando muito apoio de partidos em Pernambuco e eles estão sem recheio

O "arco de alianças", que todo político gosta de exaltar, significa pouco ou quase nada em 2022.

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Igor Maciel

Publicado em 20/05/2022 às 15:41 | Atualizado em 20/05/2022 às 15:42
Análise
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Bolo bom é aquele que tem boa cobertura e recheio consistente. Não adianta nada estar cheio de chocolate por cima, se por dentro estiver seco. É bom para estar na vitrine, vende bem no início, é bonito pra tirar foto, mas não terá sucesso de médio e longo prazo.

Partidos políticos, às vezes, são feito um bolo. Você leva a capa pra casa e, tirando a capa, não leva nada.

Nas últimas semanas, há uma corrida para apresentar partidos como aliados. Anúncios de siglas que embarcam nos palanques são importantes para mostrar força, é uma vitrine cheia e vistosa. A questão é saber se os candidatos do partido estão indo junto.

Na eleição de Pernambuco, tem postulante ao governo apresentando partidos como quem apresenta vitrine de bolo, mas os candidatos a deputado estadual e federal na sigla não estão indo junto.

Os bolos não têm recheio e, sem recheio, os votos não acompanham.

Um dos motivos para isso é a ausência de coligação proporcional. Dois candidatos a deputado, um do partido A e outro do partido B, por mais que estejam no palanque de um mesmo pré-candidato ao governo, podem trabalhar em separado, pedindo voto para projetos diferentes e não serão necessariamente prejudicados.

O “arco de alianças”, que todo político gosta de exaltar, significa pouco ou quase nada em 2022.

E tem quem esteja sobrevivendo somente disso em Pernambuco.

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