A ministra Ana Arraes comanda sua última sessão à frente do TCU nesta quarta-feira (20).
A mãe de Eduardo Campos, que foi deputada federal antes de assumir uma cadeira no Tribunal, vai se aposentar compulsoriamente por completar 75 anos.
Nos últimos tempos o TCU esteve no centro das discussões sobre o cenário político em Pernambuco. Primeiro com a própria Ana Arraes, que foi envolvida em uma disputa familiar local e fez críticas ao atual prefeito João Campos (PSB), seu neto, quando ele era deputado federal.
Após a polêmica, Ana começou a ser cotada para disputar o Governo do Estado.
Chegou-se a comentar que ela deixaria o TCU antes do prazo, para se filiar a um partido político e disputar a eleição.
Em determinado momento o PSB e a família Campos, com a qual havia atritos, chegaram a ficar em alerta para a possibilidade e sobre como isso mudaria os rumos do planejamento da Frente Popular.
Foi, mesmo, uma carta sobre a mesa. Em determinado momento, socialistas faziam as contas de como organizar o discurso caso ela reivindicasse sua "herança política" como filha de Miguel Arraes e mãe de Eduardo Campos.
Ao menos uma pesquisa foi feita para avaliar o impacto que o nome dela teria no eleitorado. Houve certa apreensão.
Mas, veio a eleição de João contra Marília Arraes (SD) no Recife e, com a briga entre primos, a ministra tratou de apaziguar os ânimos com uma declaração de paz.
Depois, quando não renunciou ao TCU no prazo eleitoral, virou-se a página.
Múcio
Em seguida, outro membro do TCU que já estava se aposentando foi cotado para ser candidato ao governo. Era José Múcio.
O ex-ministro chegou a ser consultado por integrantes da Frente Popular, mas ouviu de amigos e da família conselhos para não entrar numa disputa política sob risco de “desequilibrar um currículo bem posto na História”. Recusou.
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