Cena Política

O último dia de Ana Arraes no TCU, o tribunal que virou assunto da política em Pernambuco

A mãe de Eduardo Campos, que foi deputada federal antes de assumir uma cadeira no Tribunal, era cotada como candidata ao governo este ano. Ela vai se aposentar compulsoriamente por completar 75 anos.

Igor Maciel
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Publicado em 20/07/2022 às 11:44
Secom-TCU/Antonio Leal
A ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes - FOTO: Secom-TCU/Antonio Leal
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A ministra Ana Arraes comanda sua última sessão à frente do TCU nesta quarta-feira (20).

A mãe de Eduardo Campos, que foi deputada federal antes de assumir uma cadeira no Tribunal, vai se aposentar compulsoriamente por completar 75 anos.

Nos últimos tempos o TCU esteve no centro das discussões sobre o cenário político em Pernambuco. Primeiro com a própria Ana Arraes, que foi envolvida em uma disputa familiar local e fez críticas ao atual prefeito João Campos (PSB), seu neto, quando ele era deputado federal.

Fotos: Agência Câmara e JC Imagem
''Estava faltando em Pernambuco, uma boa história de crise familiar monárquica. A família real, pelo que se sabe, já existe.'' Leia o comentário de Igor Maciel - Fotos: Agência Câmara e JC Imagem

Após a polêmica, Ana começou a ser cotada para disputar o Governo do Estado.

Chegou-se a comentar que ela deixaria o TCU antes do prazo, para se filiar a um partido político e disputar a eleição.

Em determinado momento o PSB e a família Campos, com a qual havia atritos, chegaram a ficar em alerta para a possibilidade e sobre como isso mudaria os rumos do planejamento da Frente Popular.

Foi, mesmo, uma carta sobre a mesa. Em determinado momento, socialistas faziam as contas de como organizar o discurso caso ela reivindicasse sua "herança política" como filha de Miguel Arraes e mãe de Eduardo Campos.

Ao menos uma pesquisa foi feita para avaliar o impacto que o nome dela teria no eleitorado. Houve certa apreensão.

Mas, veio a eleição de João contra Marília Arraes (SD) no Recife e, com a briga entre primos, a ministra tratou de apaziguar os ânimos com uma declaração de paz.

Depois, quando não renunciou ao TCU no prazo eleitoral, virou-se a página.

Múcio

Em seguida, outro membro do TCU que já estava se aposentando foi cotado para ser candidato ao governo. Era José Múcio.

JOSÉ CRUZ / AGÊNCIA BRASIL
COTADO Ala do PSB defende nome de ex-ministro do TCU ao governo - JOSÉ CRUZ / AGÊNCIA BRASIL

O ex-ministro chegou a ser consultado por integrantes da Frente Popular, mas ouviu de amigos e da família conselhos para não entrar numa disputa política sob risco de “desequilibrar um currículo bem posto na História”. Recusou.

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