Cena Política

O tamanho do prejuízo que Roberto Jefferson causou a Bolsonaro

O campo da pesquisa, período em que as entrevistas são feitas, deu-se justamente após o ataque do ex-deputado contra policiais federais, usando um fuzil e granadas, no domingo.

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Igor Maciel

Publicado em 26/10/2022 às 16:37
Análise
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A pesquisa Quaest, considerada por integrantes da campanha bolsonarista como uma das mais confiáveis nessa eleição, trouxe o tamanho do prejuízo para o presidente por causa do episódio com Roberto Jefferson no último domingo.

O campo da pesquisa, período em que as entrevistas são feitas, deu-se justamente após o ataque do ex-deputado contra policiais federais, usando um fuzil e granadas, no domingo.

Segundo a Quaest, a rejeição bolsonarista aumentou de 46% para 49%.

Esse índice é o mais importante, num momento em que a certeza de voto está cristalizada entre os eleitores. É preciso diminuir a rejeição para não desmobilizar seu próprio eleitorado.

O trabalho que a campanha estava fazendo neste segundo turno vinha dando resultado. A rejeição a Bolsonaro, que já foi de 55% no fim do primeiro turno, empatou com a rejeição a Lula (PT) quando o atual presidente ficou menos raivoso.

A ideia era transmitir o sentimento de que o eleitor de centro não precisava votar em Lula porque Bolsonaro pode ser equilibrado. Mas, durou pouco.

O próprio Bolsonaro atrapalhou quando se envolveu na polêmica das “meninas venezuelanas”.

Logo em seguida, Paulo Guedes, ministro da Fazenda, falou em mudar o regime de reajuste do salário mínimo, o que trouxe mais rejeição à campanha.

Roberto Jefferson fechou a conta do prejuízo com a insanidade dominical, faltando uma semana para a ida às urnas.

Não está fácil trabalhar na equipe que tenta a reeleição do presidente.

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