Cena Política
Os erros de ACM Neto que acabaram com um partido e não garantiram nem sua própria eleição
Os baianos vinham de quatro governos petistas seguidos, com Jaques Wagner (PT) e Rui Costa (PT), e todos muito bem avaliados.
Cadastrado por
Igor Maciel
Publicado em 03/11/2022 às 15:56
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A derrota de ACM Neto (UB) na Bahia premiou com espinhos a estratégia que ele próprio construiu e que acabou com o DEM no Brasil.
Sim, acabou com o partido, porque em nome das verbas partidárias e eleitorais do PSL, o neto de Antônio Carlos Magalhães entregou a sigla para um liquidificador comandado por Luciano Bivar. O deputado pernambucano, que costumava ser um autocrata em seu próprio partido, vive tentando fazer o mesmo com o União Brasil e, se não consegue mandar da forma que gostaria, tem todas as ferramentas regimentais para atrapalhar quem ele quiser.
Mendonça Filho (UB) que o diga. O deputado eleito precisou brigar muito para receber alguma estrutura da sigla que, na época do DEM, era ele próprio quem controlava. Elegeu-se, mas sofreu.
ACM perdeu uma eleição considerada ganha porque entregou a chave do cofre esperando um melhor abastecimento dele e descobriu que estar com o chaveiro no bolso pode não ter preço.
Confiou também que essa estrutura seria suficiente para bancar uma estratégia que coube em Pernambuco, mas não cabia na Bahia. Ficar neutro na eleição mais polarizada da História do país deu certo aqui porque não havia governo do PT nem de Bolsonaro. Os baianos vinham de quatro governos petistas seguidos, com Jaques Wagner (PT) e Rui Costa (PT), e todos muito bem avaliados.
Tem coisas que só dinheiro não resolve. O prejuízo ficou com quem estava no DEM e acabou obrigado a embarcar no bote comandado por Bivar, numa engenharia com interesse privado de ACM Neto.
Triste fim de um partido que já carregou Marco Maciel e foi carregado por ele, representando uma frente de liberalismo autêntico, hoje tão deturpada num país que se equivoca com frequência.
Que ACM aprenda com o erro, administrando suas consequências.