Cena Política
Nem quem é ligado à indústria cai na conversa de Lula querendo colocar a culpa de tudo nos juros
Ex-presidente da CNI, Armando Monteiro Neto diz que prioridade tem que ser a Reforma Tributária.
Cadastrado por
Igor Maciel
Publicado em 08/02/2023 às 14:35
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O presidente Lula tem defendido que a indústria brasileira precisa que o Banco Central baixe a taxa de juros para crescer. Por isso, chamou atenção a fala do ex-ministro e ex-senador Armando Monteiro Neto (PSDB), hoje na Rádio Jornal, quando defendeu que isso é importante, mas não é prioridade para o setor.
Armando foi presidente da Confederação Nacional da Indústria e fez questão de ser claro sobre a polêmica, claramente fabricada por Lula: “a prioridade da economia hoje é a Reforma Tributária, não a queda na taxa de juros”.
O ex-senador, que já foi ministro de Lula, disse, inclusive, que o presidente poderia fazer um exercício de memória para chegar ao primeiro de seus governos, quando o BC não era independente e sofria influência do petista.
“Vai lembrar que chegou a aumentar a taxa de juros até mais de 20% para estabilizar a economia, naquela época”, disse.
Realmente, em 2003, no primeiro trimestre do governo Lula, a taxa de juros chegou a 26,5%. Depois, a taxa foi baixando de acordo com as medidas que o governo ia tomando e com as respostas do mercado. Foi algo feito com responsabilidade, 20 anos atrás.
Hoje a taxa está em 13,75% e Lula resolveu que esse é "o problema do mundo", mesmo sem ter ainda feito nenhuma sinalização para mostrar que vai agir de forma responsável com a economia e sem nenhum tipo de reforma. Nem mesmo a nova âncora fiscal que vai substituir o teto de gastos é conhecida ainda.
A receita de estabilidade, para evitar descontrole inflacionário, Lula já conhece. E isso só reforça que essa conversa de brigar com o BC por causa da taxa de juros não passa de encontrar um bode para colocar na sala quando começarem a reclamar das outras questões que o governo não está conseguindo resolver.