Cena Política

Há um teste para a equipe econômica de Lula, em março, que pode determinar o futuro dessa gestão

Há pressa em fazer essa mudança. O combinado com o Congresso era que isso fosse feito até agosto. Haddad acelerou o passo, promoveu reuniões com a equipe econômica para delimitar logo um texto a ser apresentado no Congresso.

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Igor Maciel

Publicado em 15/02/2023 às 16:58
Análise
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Quando Simone Tebet (MDB) e Geraldo Alckmin (PSB) foram confirmados no ministério de Lula (PT), seus nomes tiveram um efeito estabilizador para o mercado.

Para muitos, tê-los no ambiente lulo-petista, que costuma desequilibrar a balança populismo x responsabilidade com certa avidez, era uma garantia, uma âncora, um freio.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), prometeu para março a apresentação do sistema de proteção fiscal que vai substituir o teto de gastos.

Há pressa em fazer essa mudança. O combinado com o Congresso era que isso fosse feito até agosto. Haddad acelerou o passo, promoveu reuniões com a equipe econômica para delimitar logo um texto a ser apresentado no Congresso.

Quem teve poder e voz nessas reuniões? Simone Tebet e Geraldo Alckmin.

O resultado desse texto, com a assinatura deles, dará uma dimensão do quanto o mercado estava correto ou não ao confiar neles como fiadores da responsabilidade lulista num terceiro governo.

Será o primeiro teste importante de Haddad também, para se entender onde termina o ministro petista e onde começa o ministro realista.

O realista é imprescindível. O petista, não.

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