Cena Política

A importância de saber o que pedir quando for conversar com Lula sobre a Transnordestina

É de se esperar que Lula vá buscar uma maneira de garantir a ferrovia em seu estado natal. Alguém precisa conversar com ele e pedir sua interferência.

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Igor Maciel

Publicado em 15/02/2023 às 17:32
Análise
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A informação de que o governo Raquel Lyra (PSDB) já está conversando com a Bemisa, empresa que pode ser a solução para o ramal de Suape dentro do que já foi o projeto da Transnordestina em Pernambuco, é uma boa notícia.

Antes, a governadora passou a impressão de não concordar com a “solução público-privada” encontrada na gestão Paulo Câmara (PSB) e estar querendo que o governo federal reassumisse tudo.

É algo que faria a obra demorar tanto ao ponto de se tornar inviável. 

A confirmação de que já houve contato com a empresa veio na entrevista que o secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, concedeu à Rádio Jornal durante o Debate, nesta quarta-feira (15).

Cavalcanti garantiu que a solução passa pelo Grupo Bemisa mas que, até para a empresa trabalhar, é preciso que haja garantias. Ele tem razão.

Uma dessas garantias é o direito de passagem no trecho do Piauí, que precisa ser precificado em contrato, com pedágio justo, para não ser utilizado no futuro como forma de privilegiar as cargas que forem para Pecém em detrimento de Suape.

O secretário disse acreditar que a proposta que prejudica Pernambuco, feita por representantes do Piauí e do Ceará, não passou por Lula e o presidente não concordaria.

É de se esperar que Lula vá buscar uma maneira de garantir a ferrovia em seu estado natal. Alguém precisa conversar com ele e pedir sua interferência.

Quando isso acontecer, é necessário já saber exatamente o que pedir. Por isso, a sintonia com a Bemisa é importante.

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