Cena Política

Governo consegue comando de comissões na Alepe, mas manobras podem ter consequência no futuro

A informação é que governo e parlamentares entraram pela madrugada aparando arestas e tentando resolver a pendência.

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Igor Maciel

Publicado em 01/03/2023 às 12:31 | Atualizado em 01/03/2023 às 17:16
Análise
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Pondo fim a uma novela que já tinha durado tempo demais, a Alepe conseguiu definir o comando das principais comissões da Casa.

Antônio Moraes (PP), que chegou a abrir mão da presidência da Assembleia, finalmente conseguiu ser confirmado na presidência do grupo mais importante da Alepe, a Comissão de Justiça.

Tudo, absolutamente tudo, que vai ser votado em plenário precisa do aval dessa comissão. Moraes era o escolhido pela governadora Raquel Lyra (PSDB), mas quase ficou de fora por problemas na articulação política.

A informação é que governo e parlamentares entraram pela madrugada aparando arestas e tentando resolver a pendência.

Com isso, Débora Almeida (PSDB) ficou no comando da Comissão de Finanças e Joaquim Lira (PV) garantiu a Comissão de Administração.

O mapa fica, exatamente, do jeito que o governo esperava, mas a energia gasta podia ter sido economizada.

E, pela forma como foi feito, tendo que alterar acordos que os partidos já tinham feito internamente, como um sobre a liderança da bancada do PL, haverá consequências no futuro.

Contramão

A oposição destacou dois gestos da governadora Raquel Lyra que incomodaram e se destacam nesse processo de eleição da CCLJ: a não aceitação da proposta de consenso de todos os líderes dos partidos e a interferência direta em um partido, no caso o PL, que acabou destituindo o líder da sigla na Alepe.

“Esses gestos vão no sentido contrário ao discurso de quem quer dialogar e construir pontes”, argumentou o deputado Waldemar Borges (PSB).

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