Cena Política

O "rei" do Congresso Nacional e sua corte que pode derrubar até impeachment

Confira a coluna Cena Política desta quinta-feira (13)

Igor Maciel
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Igor Maciel
Publicado em 13/04/2023 às 0:01
Ricardo Stuckert/ PT
Arthur Lira (PP-AL) e Lula (PT) - FOTO: Ricardo Stuckert/ PT

A verdade é que, hoje, ninguém pode com Arthur Lira (PP) em Brasília. Baleia Rossi (MDB) e Gilberto Kassab (PSD) até tentaram. Os dois são presidentes de seus partidos e articularam a formação de um grupo que pudesse se opor ao PL de Valdemar Costa Neto e ao próprio presidente da Câmara.

Com Republicanos, PSC e Podemos, Rossi e Kassab garantiram um grupo de 142 deputados. É uma força colossal para dominar as pautas que fossem colocadas em discussão, com um poder de articulação considerável.

Em relação ao PL, que tem 99 deputados, o objetivo foi cumprido.

Em menos de duas semanas, porém, Arthur Lira contra-atacou. O deputado alagoano que comanda a Casa colocou num mesmo balaio deputados de partidos de centro e esquerda, da base do governo e até de críticos moderados de Lula. O blocão de Lira terá algo em torno de 170 parlamentares. Isso significa um terço da Câmara.

É um número mágico regimental e, não que seja essa a intenção, é o suficiente para evitar um impeachment presidencial, por exemplo. Dominar com o regimento um bloco que representa mais de um terço de toda uma casa legislativa é demonstração de poder imenso.

Ainda mais se você considerar a heterogeneidade do grupo, formado por PP, PDT, PSB, União Brasil, Solidariedade, Avante, Patriota e pela federação Cidadania-PSDB. Socialistas, trabalhistas com União Brasil e tucanos? Com Lira isso é possível.

O líder desse grupão será um pernambucano. O deputado Felipe Carreras (PSB) que é da confiança do presidente da Câmara e tem sido indicado para relatar projetos importantes na Casa, que já é líder do PSB, vai também liderar esse mais de 170 deputados.

A reação de Lira, mais do que um aviso sobre quem manda no Congresso, é também um alerta para Lula (PT). O presidente da Câmara está reafirmando ao presidente da República que tem não apenas o controle da pauta, mas também pode controlar a tramitação de projetos de acordo com o que for interesse do Planalto, ou o que não for. Os blocos servem, principalmente, para que os partidos integrantes reivindiquem relatorias de matérias relevantes e outros espaços dentro da Casa.

Felipe Carreras, um dos deputados mais pragmáticos da bancada pernambucana, deve ajudar bastante nisso como líder.

Lula viajou para a China num cenário em que Lira estava sendo desafiado dentro da Câmara e não havia muita segurança para a apresentação de projetos mais agudos.

Isso já está resolvido, mas terá preço. Com Lira, tudo tem preço.

Aqui não

O ministro da Justiça reagiu com energia ao comportamento de uma representante do Twitter, ontem. O motivo foi a criação de perfis na plataforma que utilizavam os nomes e fotos dos autores de um ataque, no interior de São Paulo, que assassinaram cinco estudantes e duas funcionárias de uma escola estadual em 2019.

Dino pediu que os perfis fossem excluídos, por incentivarem a violência e causarem medo à população. A advogada da rede social disse que não poderia fazer isso, porque eles “não violaram os termos de uso da empresa”.

A resposta foi imediata: “os termos de uso não são maiores do que a Constituição”.

Horas depois, o ministro anunciou punições para quem não cumprir as regras. As medidas vão de multas que podem chegar a R$ 12 milhões até a suspensão da plataforma, tirando a rede do ar.

Justa

O Sistema LIDE, formado no Estado pelo LIDE Pernambuco, LIDE Futuro e LIDE Mulher, realiza, no dia 5 de maio, um almoço em homenagem à jornalista e ex-diretora da Globo Nordeste, Jô Mazzarolo, por sua contribuição ao desenvolvimento de Pernambuco.

A gaúcha radicada no Estado há mais de duas décadas foi uma das fundadoras do LIDE em Pernambuco e integra o conselho do LIDE Mulher no Estado há 8 anos.

Alepe inclusiva?

Associações do segmento da Pessoa com Deficiência do Estado de Pernambuco realizam nesta quinta-feira (13), às 9h30, um ato público simbólico em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco. A mobilização intitulada "Nossa Voz tem Poder" reúne pessoas com deficiência e doenças raras, pais e ativistas.

Um dos principais motivos da mobilização é que os deputados estaduais decidiram, nesta legislatura, não formar mais a “Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com Deficiência”. Assim, esse público perde força e apoio na garantia e na conquista de direitos, como tratamento, acessibilidade, inclusão e medicamentos.

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