Cena Política

"O Brasil precisa de menos gritaria e mais análise"

Confira a coluna Cena Política desta terça-feira (4)

Igor Maciel
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Igor Maciel
Publicado em 03/07/2023 às 22:44
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Felipe Moura Brasil - FOTO: divulgação

Com estreia confirmada para esta terça-feira (4) como colunista do programa Passando a Limpo, o jornalista Felipe Moura Brasil trará a postura de independência que o destaca nacionalmente na análise de cenário político para um ambiente, na Rádio Jornal, que tem como uma de suas bases o respeito a essa independência.

Ontem, numa conversa prévia sobre a carreira e o trabalho que vai desempenhar por aqui, Felipe garantiu que esse foi um dos motivos para aceitar o convite. A Rádio, segundo ele, cumpre esse papel no Nordeste.

Moura Brasil não fugiu de nenhum assunto, explicou sua relação com Olavo de Carvalho, usada por algumas pessoas para criticá-lo. Lembrou e detalhou a trajetória do escritor e filósofo para além do bolsonarismo a que ele, Olavo, ficou ligado no fim da vida.

Explicou a origem de seu sobrenome (sim, ele é descendente do inventor do colírio Moura Brasil), que também costuma ser muito comentada nas redes sociais.

E falou de temas importantes na política. Sobre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), sustenta a observação de que um sempre está buscando o contraponto no outro para a própria sobrevivência.

“Bolsonaro está inelegível por oito anos, fora do jogo eleitoral e, ainda assim, Lula segue falando no adversário, a cada oportunidade, em cada discurso”, lembrou. A observação é o que demonstra que um sempre está precisando manter aceso o “risco do outro” para se legitimar.

Durante o bate-papo, Moura Brasil defendeu a necessidade de baixar o volume das críticas apaixonadas para o país se ouvir melhor. “O Brasil precisa de menos gritaria e mais análise”, sustentou.

Tem toda razão.

E é com esse espírito que Felipe Moura Brasil estreia hoje e estará, ao vivo, todas as terças e quintas-feiras, às 9h, no Passando a Limpo, na Rádio Jornal.

Como ele próprio costuma dizer: "Salve, salve".

Esforço por normalidade

Raquel Lyra (PSDB) fez entregas de ônibus escolares para várias prefeituras, ontem, e uma delas foi a de Garanhuns. Quem recebeu foi o prefeito da cidade, Sivaldo Albino (PSB), e quem estava ao lado deles era o ex-prefeito de Garanhuns e atual líder de Raquel na Alepe, Izaias Regis (PSDB).

O que era pra ser apenas uma rápida passagem de um evento bem maior, acabou chamando bastante atenção. É que Izaias e Sivaldo se detestam, pra dizer o mínimo. O deputado, inclusive, não esconde de ninguém que será candidato em 2024 contra a reeleição do socialista.

Além disso, o atual prefeito fez críticas públicas à governadora, dias atrás, por não ter sido informado, segundo ele, sobre as datas do Festival de Inverno de Garanhuns com antecedência. O evento é promovido pelo governo.

O clima com a governadora, pelo visto, já estava pacificado. Sivaldo era só sorrisos.

Já com o adversário regional, não. Os dois saíram criticando um ao outro, nos bastidores, assim que os fotógrafos baixaram as câmeras.

O fato de terem se aguentado e feito fotos na presença de Raquel é mais um exemplo de que ela vem controlando melhor a própria base e os políticos estão se controlando melhor também, ao menos em público.

Já nos bastidores…

O PL está determinado a ter candidatos nas principais cidades de Pernambuco e poderá causar problemas para a governadora nos próximos meses. Em Brasília, o comentário é que o partido não abre mão de ir para as urnas em Recife, Olinda, Caruaru e Petrolina.

Não é um arranjo fácil, por causa da proximidade que o PL tem, hoje, com Raquel Lyra, dentro da gestão.

Em Petrolina, por exemplo, o atual prefeito, aliado de Miguel Coelho, vai disputar a reeleição. Se o PL forçar um apoio do governo para seu candidato, pode jogar a família Coelho, outra vez, nos braços do PSB.

Sabe-se que Miguel estaria interessado em uma das vagas para o Senado em 2026 por Pernambuco. Hoje, ninguém duvida que essa vaga pode estar na chapa de Raquel ou na da oposição. Nos planos dos Coelho não existe possibilidade de perder a prefeitura de Petrolina. Quem tentar atrapalhar, vira inimigo.

No caso de Caruaru, o PL tem até um nome definido: seria o deputado federal Fernando Rodolfo (PL). Caso o partido insista também pelo apoio da governadora, poderá ser um problema com o atual prefeito da Capital do Agreste, Rodrigo Pinheiro (PSDB), que tem conversado com todo mundo, inclusive com o PSB, recentemente.

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