Cena Política

Acredite: existe uma frente parlamentar pelos moradores de prédio-caixão na RMR

Confira a coluna Cena Política desta quinta-feira (13)

Igor Maciel
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Igor Maciel
Publicado em 12/07/2023 às 22:00
Thales Martins/Prefeitura de Paulista
Prefeito Yves Ribeiro e Frente Parlamentar em Defesa dos Moradores de Prédios-Caixão da Região Metropolitana do Recife se encontram para definir ações - FOTO: Thales Martins/Prefeitura de Paulista

Tem coisas que se vão descobrindo quando um prédio desaba. Pernambuco tem uma “Frente Parlamentar em Defesa dos Moradores de Prédios-Caixão da Região Metropolitana do Recife”. O grupo é formado por vereadores das cidades que formam a RMR e se reuniu, ontem, com a presença do prefeito de Paulista, Yves Ribeiro (MDB).

A tragédia mais recente com desabamento de prédios-caixão foi lá, com 14 mortos. No mês de abril, em Olinda, outras seis pessoas morreram num desastre semelhante.

É mais uma dica de pessoas que podem ser chamadas pela governadora de Pernambuco para uma reunião sobre a precariedade da habitação no estado, além dos prefeitos da RMR. Essa reunião precisa acontecer.

Conversa

Yves Ribeiro, inclusive, após um período de silêncio sobre a tragédia, deu sua primeira entrevista, ontem, à Rádio Jornal.

Falando ao programa Passando a Limpo, admitiu que o problema vai além do prédio que caiu, reafirmou o que vem sendo dito pela assessoria jurídica da prefeitura, que a responsabilidade é das seguradoras, e se comprometeu a viajar para Brasília para conversar com os três senadores de Pernambuco (Humberto, Teresa e Dueire) sobre o assunto.

No Palácio

Quando conversou com a Rádio Jornal, pela manhã, Yves estava à porta de uma audiência com a vice-governadora Priscila Krause (Cidadania).

A governadora Raquel Lyra (PSDB) já estava em Brasília. Ela viajou para uma agenda com o presidente Lula (PT).

Na capital, Raquel tinha como objetivo a assinatura de um contrato de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA).

O empréstimo no valor de R$ 1,7 bilhão será destinado à saúde, mobilidade, água e habitação em Pernambuco.

Parceria

As agendas de Raquel com Lula chamam a atenção. Apesar de não ter apoiado o petista nas eleições (não declarou voto para ele e nem para Bolsonaro), em todas as visitas do presidente ela está presente. E sempre que há oportunidade, ela está no Palácio do Planalto.

Essa assinatura de ontem (12) serve como exemplo. É uma mera formalidade, mas um grande evento foi montado pela presidência, com a presença de ministros, como o das Cidades, Jader Filho, e o de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Além disso, tem os dois senadores do PT de Pernambuco, Humberto Costa e Teresa Leitão.

Senadores

Os dois senadores, aliás, têm se mostrado muito solícitos com a governadora. O que está deixando alguns socialistas de orelha em pé, atentos aos movimentos.

O PSB espera apoio irrestrito dos petistas à reeleição de João Campos (PSB), por exemplo. Mas há quem aposte que não será tão simples assim.

Se não quis...

Uma história interessante sobre essa expectativa pelo apoio petista é que João poderia estar totalmente tranquilo caso o seu PSB tivesse entrado na Federação com o PT, o PCdoB e o PV, em 2022. Na época, com medo de virar satélite, os socialistas preferiram uma aliança mais tradicional com Lula.

Se estivessem todos na federação, o PT em Pernambuco seria obrigado a apoiar a reeleição do atual prefeito, sem muita discussão.

Destaque

E por falar em João Campos, o prefeito do Recife se destacou durante a apresentação do 1º Relatório de ASG (Ambiental, Social e Governança) do Grupo JCPM, esta semana.

O prefeito fez perguntas, contou histórias e mostrou grande desenvoltura.

Foi convidado pelo presidente do grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça (e aceitou de pronto, ainda em público) um convite para conhecer os projetos da Fundação Pedro Paes Mendonça, na Serra do Machado, em Sergipe.

Laços

O relatório da JCPM, apresentado esta semana, tem a importância de reunir em um único documento os detalhes sobre todas as ações que já são feitas pelas empresas do grupo, antes mesmo de isso virar uma tendência empresarial.

Na Fundação Pedro Paes Mendonça e no Instituto João Carlos Paes Mendonça, respectivamente em Sergipe e Pernambuco, são investidos mais de R$ 15 milhões em programas que atendem mais de 60 mil pessoas.

Além disso, todos os empreendimentos se preocupam em utilizar não apenas a mão de obra local, mas do entorno das empresas, criando laços com as comunidades em que estão instalados.

De perto

Mas, o principal a ser dito sobre essas ações é que, diferente de atividades empresariais feitas apenas como cumprimento de responsabilidades jurídicas sociais ou demandas de marketing, o grupo JCPM costuma viabilizar o seu compromisso social com a participação ativa do presidente.

E isso faz muita diferença, porque é algo ainda raro de se ver no mercado.

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