O programa habitacional apresentado pelo Governo do Estado para financiar a entrada financeira dos compradores de imóveis com valor de até R$ 190 mil deve ajudar também na geração de empregos na construção civil.
Em entrevista ao Passando a Limpo, na Rádio Jornal, a secretária estadual de Habitação, Simone Nunes afirmou que estima algo em torno de 40 mil até 60 mil novos empregos diretos e indiretos sendo gerados a partir do programa.
Na hora de contratar as obras para serem incluídas no programa, a intenção é concentrar 80% dos contratos em habitações a serem construídas, obrigando as construtoras a irem em busca de mão de obra.
Pode vir mais
Inicialmente, o projeto é para 40 mil residências em quatro anos. Na secretaria, entretanto, há quem trabalhe com um número até maior, dependendo da demanda, do dinheiro e dos projetos que forem surgindo, já que eles dependem de terrenos no Grande Recife, onde a necessidade é maior. O que não é fácil de encontrar.
Longas articulações
Esse projeto, lançado esta semana, é resultado de muitas reuniões ocorridas nas últimas semanas, entre a governadora e a equipe da secretaria de Habitação com o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB).
Economizou
O governo Raquel Lyra (PSDB), aliás, está comemorando uma economia significativa nos gastos de custeio dos primeiros seis meses de gestão.
Economizou-se bastante em setores que eram “imprescindíveis” quando o PSB ocupava o Palácio do Campo das Princesas, como as “consultorias”. Apenas nesse ítem, o governo anunciou economia de R$ 22,2 milhões de janeiro até agora.
As despesas com gráficas também foram reduzidas, em quase R$ 9 milhões. E os pagamentos de diárias de hospedagem foram reduzidos em mais de R$ 1 milhão.
Custeio
Todas essas despesas são não obrigatórias. Ou seja, o governo podia escolher se gastava ou não. Ao todo, em vários setores, a economia em seis meses de gestão foi maior que R$ 400 milhões, comparado com o ano de 2022. O montante de despesas de custeio – ou manutenção – não obrigatórias passou de R$ 3,19 bilhões no primeiro semestre de 2022 para R$ 2,77 bilhões no primeiro semestre desse ano.
Pagando débito
Além disso, o Palácio anunciou que já pagou R$ 1,5 bilhão em dívidas de anos anteriores, somando Restos a Pagar e Despesas de Exercícios Anteriores.
“Arrumar a casa custa caro. Ainda mais pela forma como deixaram as coisas. E ainda disseram que os cofres estavam cheios. Tinha algum dinheiro, mas tinha dívida também”, comentou uma fonte em conversa com a coluna.
Uma coisa é...
O depoimento prestado por um dos responsáveis pela morte da vereadora Marielle Franco, Élcio Queiroz, virou motivo de polêmica. Não apenas pelo conteúdo esclarecedor, mas pela defesa que os petistas tem feito do instituto da Delação Premiada.
É que a ferramenta pela qual o ministério da Justiça finalmente conseguiu ter acesso a detalhes do crime e se encaminha para alcançar os mandantes era defenestrada quando utilizada no âmbito da Operação Lava Jato.
...outra coisa
O colunista do Passando a Limpo, na Rádio Jornal, Felipe Moura Brasil, lembrou que o secretário de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Wadih Damous (PT), chegou a apresentar três projetos de lei, em 2016, 2017 e 2018, quando deputado federal, que esvaziavam o instituto da delação premiada no Brasil.
Entendeu?
Um desses projetos exigia, por exemplo, que a delação só valeria “se o acusado ou indiciado estivesse respondendo em liberdade ao processo”. Não é o caso do ex-PM que fez a delação no caso Marielle, já que ele está preso desde 2019.
Se as ideias dos petistas de antes tivessem sido levadas a sério, essa delação de agora, comemorada pelos petistas de hoje, não teria validade. Delação é boa quando me ajuda. Se me atrapalhar é golpe.
Entendeu?