Os sinais que indicam o risco de termos mais um ex-presidente preso em breve
Confira a coluna Cena Política desta quinta-feira (17)
Já há quem acredite que Jair Bolsonaro (PL) será mais um ex-presidente preso nesta Nova República. E que isso deve acontecer ainda este ano.
Desde que saímos da Ditadura Militar, dois ex-presidente chegaram a ser presos: Lula (PT) e Temer (MDB). Dois foram impedidos: Dilma (PT) e Collor.
Se contar de 1990 pra cá, quatro dos sete chefes do Executivo eleitos diretamente tiveram problemas com a Justiça de alguma maneira, sendo presos ou não.
Fernando Collor, é bom acrescentar, além do impeachment de décadas atrás, pode ser preso em breve também.
Arrepiados
No caso de Bolsonaro, a impressão de que ele será “recolhido” a alguma carceragem cresceu com as declarações do advogado do seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
O defensor legal do tenente-coronel deu entrevista afirmando que ainda vai se reunir com cliente para discutir a estratégia de defesa, mas adiantou uma frase que deixou os bolsonaristas arrepiados: “Cid é militar. E militar só cumpre ordens, mesmo as ilegais”.
Como o chefe imediato dele era o ex-presidente da República, o sinal assustou o entorno de Bolsonaro.
Sinal importante
Para completar, quando você quer saber o quanto um barco ainda pode navegar de maneira segura, basta observar quem ainda está embarcado.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é conhecido por vários adjetivos não muito agradáveis, mas também é famoso por não ser bobo. Até o momento em que as acusações contra Bolsonaro se limitavam a hackers, parlamentares sem noção e fantasias de golpe, ele se apressava em defender o correligionário. Com o escândalo das joias, Valdemar calou-se e ordenou que ninguém no partido fosse muito longe para defender o ex-presidente.
Isso foi visto como um sinal.
Cresce onde era rejeitado
Um dos ex-presidentes presos, que hoje é presidente de novo, Lula (PT) comemorou um crescimento em sua aprovação. Ele foi de 55% para 60%. Mas isso nem é o mais importante nesse levantamento. É que o petista cresceu bastante nos estratos que sempre foram mais bolsonaristas.
A aprovação cresceu consideravelmente no Sul do país, por exemplo, e entre os evangélicos. Além disso, a rejeição de Lula entre todos os eleitores que votaram em Bolsonaro na eleição de 2022 caiu. Era de 81% e agora está em 70%.
Caiado no Recife
Atendendo um convite do presidente do LIDE Pernambuco, Drayton Nejaim, o Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), estará participando no dia 22 de agosto de um almoço/debate, no Recife, com mais de 150 lideranças empresariais pernambucanas.
O objetivo é discutir como ficará o Brasil após a reforma Tributária. O evento contará ainda com a participação de Caio Megale, Economista-chefe da XP, que irá explanar sobre a visão econômica dos cenários no Brasil para os próximos anos.
Estava na bronca
O governador de Goiás ensaiou algumas críticas fortes à reforma Tributária ante da aprovação na Câmara. Caiado dizia que a proposta faria com que governadores e prefeitos ficassem enfraquecidos e à mercê de uma “mesada por mês” recebida do Conselho Federativo.
O conselho seria criado para gerir os recursos arrecadados pelo imposto que deverá unir o ICMS (estadual) e o ISS (municipal). “Vamos ficar na mão de um comitê recebendo mesada por mês”, reclamou à época.