A exigência de porteira fechada que pode prejudicar o PSB dentro do governo
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O ministro aposentado do STF, Ricardo Lewandowski, deve aceitar assumir o ministério da Justiça no lugar de Flávio Dino (PSB), caso tudo corra como esperado na sabatina desta quarta-feira (13) no Senado e o escolhido de Lula para o Supremo seja aprovado. Mas, tem um detalhe. Lewandowski só aceita se puder indicar todo o ministério da Justiça. Ele quer “porteira fechada”, como se costuma dizer. O PSB não gostou nada da ideia.
Sem espaço
Aliados de Lula, os socialistas tinham dois nomes para a pasta. E, caso não fossem atendidos, pretendiam ao menos manter os cargos que têm no ministério em secretarias. O pernambucano Tadeu Alencar (PSB), secretário nacional de Segurança Pública, é um deles. Se Lewandowski for ministro, todo mundo perde o emprego.
Nem aí
O que se comenta é que Lula não está preocupado com o PSB. Diz que eles têm só 14 deputados e um senador, hoje estão com três ministérios e ficar com dois ainda é lucro. O que o presidente não diz é que desses três ministros, dois (Dino e Alckmin) foram escolhidos dentro da cota pessoal dele. Márcio França é o único indicado pelo partido e ficou com uma pasta nanica, de Pequenas Empresas. Lula está avisando ao PSB que o PSB não é prioridade para ele. Resta saber se os socialistas já entenderam isso por lá. E também aqui em Pernambuco.
Clima bom
O clima natalino está no ar e isso fica evidente também na relação entre a Assembleia Legislativa de Pernambuco e o Governo do Estado. A Alepe realizou uma confraternização com a imprensa no início da semana, o Palácio do Campo das Princesas também e os dois poderes devem se encontrar numa confraternização no fim da semana. Ao mesmo tempo, o Legislativo está adiantando a aprovação do pacote com 33 projetos que a governadora encaminhou este mês. O clima está mais tranquilo e isso é bom para Pernambuco. Que o espírito natalino se alongue para 2024.
Alepe
O encontro promovido pela Alepe na segunda-feira (11), aliás, mostrou a disponibilidade do presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), para estar acessível à imprensa e discutir abertamente os assuntos de interesse do estado. Mostrou também que ele entende a importância de fortalecer as instituições pelas aproximações e não pelas rupturas.
Bem comum
As confraternizações de fim de ano das principais instituições do estado haviam sido deixadas de lado. É muito importante que retornem. As instituições brasileiras (e as pernambucanas) tão atacadas e enfraquecidas nos últimos anos, precisam se unir para o bem comum. O período do fim do ano é o melhor momento para isso, não apenas pelo ambiente de união, mas também porque o calendário de trabalho fica mais maleável.
10 anos
A última vez que houve a festa do Palácio do Campo das Princesas, por exemplo, foi há 10 anos, ainda com Eduardo Campos no governo. Agora, o presidente Álvaro Porto retoma a tradição com a Alepe. A governadora Raquel Lyra faz o mesmo com o Palácio. É um momento de aproximação importante para pensar naquilo que nos une e não no que nos separa. É o momento para lembrar que, em todas as relações públicas de poder, o único componente imutável e imprescindível é o interesse público. Então, viva o Natal.