Como se ganha o título de "inimigo da Educação", precisa ser oposição?

O que é preciso para ganhar o título de “inimigo da Educação”? É uma pergunta sincera, porque depois de tantos anos com tantos presidentes e ministros sendo chamados assim pela esquerda, pelos sindicatos de professores e por parlamentares do PT que militam no sindicalismo desse setor, ficam essas dúvidas.

Ainda mais com uma grave nas Universidades que já dura mais de um mês e com os professores recusando a última proposta do governo federal na última sexta-feira (24).

Lula já é “inimigo da Educação”? Falta muito para chegar lá?

Protesto

Uma pista talvez tenha sido o protesto que ele precisou enfrentar no fim da semana, quando estava anunciando obras para drenagem e urbanização no interior de São Paulo. Manifestantes cantavam palavras de ordem para que ele negociasse com a educação e melhorasse o dinheiro que é enviado às universidades.

“E o orçamento das federais?”, gritavam.

Por menos

Quando era ministro da Educação, Mendonça Filho (UB) era chamado de “inimigo da Educação” por muito menos. Até a greve daquela época foi menor do que essa, durou menos de um mês.

Tem que ser oposição para ter o título? Quais são as regras?

Reforma

Por falar em Educação, uma das principais reclamações dos sindicatos de professores contra Mendonça Filho, na época em que era ministro, foi que ele não permitia que se discutisse a reforma do Ensino Médio.

É irônico, porque a reforma está sendo discutida até hoje, sete anos depois de ter sido apresentada. Se isso é falta de discussão, imagina como são as reuniões formais dessa turma.

Agora vai

Numa entrevista à Rádio Jornal, na última sexta-feira (24), no programa Passando a Limpo, a relatora do texto da Reforma do Ensino Médio no Senado, Professora Dorinha (União Brasil), garantiu que vai entregar o texto, pronto, na próxima semana, e que as mudanças poderão ser implementadas gradativamente com início já em 2025.

Parte dessa entrevista, inclusive, foi trazida para esta edição do JC.

Espaço

A senadora, que foi deputada federal por 12 anos e acabou eleita para o Senado em 2022, sempre teve como base o trabalho na área de Educação.

Ela falou à Rádio Jornal por bastante tempo e elogiou muito o espaço dado ao tema. Num desabafo, lamentou que isso seja “raro em outros estados”.

Lição

A chuva forte voltou ao Rio Grande do Sul, quando muita gente já estava retornando para casa e contando os prejuízos.

Enquanto a vida não estiver normalizada, sempre será cedo para politizar a tragédia, como já se começou a fazer, numa disputa oca do Governo Federal com o Governo do RS.

O momento ainda era de unir forças, quando o governo Lula acreditou que já podia brigar. Aí a água retornou.

Servirá de lição?

IAP

Além da eleição da Ordem dos Advogados do Brasil, que deve acontecer este ano, os profissionais do Direito terão outro pleito na área em 2024. O Instituto dos Advogados de Pernambuco, órgão tradicional no estado, fundado em 1951, terá uma chapa única para a composição do próximo biênio, 2025-2026, formada por Erika Ferraz e Eric Castro e Silva. A eleição será no dia 17 de junho, na sede da OAB em Pernambuco.