A oportunidade de João Campos em Caruaru se resolver rápido o Recife
O candidato socialista quer a própria reeleição já no primeiro turno. E se Caruaru for para o segundo turno, o PSB se muda pra lá.
A eleição mais importante para João Campos (PSB) em 2024 é a dele próprio, e que pode terminar no primeiro turno se os adversários não conseguirem crescer o suficiente. Até agora, mesmo com todas as pré-candidaturas postas, o cenário de reeleição do atual prefeito é o mais provável.
Para Raquel Lyra (PSDB) é diferente, a eleição mais importante é a de Caruaru, seguida de todas as outras que ela precisa vencer para se fortalecer, principalmente no interior.
Melhor cenário socialista
O grupo que trabalha com a governadora nesse período eleitoral, assessorando ela nos apoios aos candidatos pelo estado, precisa ficar atento para algo muito importante. Diferente da capital, em Caruaru a chance de segundo turno é maior. E esse cenário pode ser estratégico para os socialistas que já não estarão mais pensando em 2024. É em 2026 que eles estarão concentrados.
De mala e cuia
Agora imagine que João Campos vença a eleição do Recife no primeiro turno e o pleito de Caruaru fique apertado entre o candidato da governadora, Rodrigo Pinheiro (PSDB), e o candidato apoiado pelo socialista, José Queiroz (PDT).
Alguém duvida que o prefeito do Recife, com a vida resolvida em seu próprio território, e pensando em ser candidato ao governo em 2026, vai perder a oportunidade de se mudar para a capital do Agreste tentando infligir uma grande derrota sobre a futura adversária no território dela?
João “Vitalino”
Para quem duvida, pode apostar que os pedetistas de Caruaru estão contando com isso. A ordem é levar a eleição para o segundo turno e já separar um quarto de hóspedes para receber João por lá.
Caso vença a eleição no primeiro turno e Caruaru tenha segundo turno, o prefeito do Recife vai aprender até a moldar bonecos de barro no Alto do Moura, porque Caruaru se tornará uma oportunidade de ouro.
Maduronaro
Depois que o ditador da Venezuela Nicolás Maduro, acuado por pesquisas de opinião que indicam a possibilidade de derrota na eleição do próximo domingo, começou a criticar o sistema eleitoral brasileiro, afirmando que as urnas não aqui não são auditadas, uma mentira disseminada durante as eleições de 2022 pelos bolsonaristas, a internet não perdoou.
Rapidamente o termo “Maduronaro” começou a se destacar como tendência nas redes sociais e até montagens que usam inteligência artificial para criar uma mescla dos rostos do ditador de lá com o ex-presidente brasileiro foram feitas.
“Friends”
O próprio Bolsonaro brincou com a situação, ironizando. “Maduro is my friend”, escreveu o líder da direita brasileira no X (antigo Twitter), rindo da situação.
É pra rir mesmo, porque as declarações do ditador socialista vizinho contra as urnas brasileiras misturam desinformação com desespero do lado de lá, mas a única reação possível é a que o TSE tomou, cancelando a ida de técnicos do órgão que iriam participar da eleição como observadores.
Liderança é com gestos
A contrário da indignação exacerbada que parte da imprensa brasileira reproduziu com a situação, Maduro utilizar um argumento do adversário local de Lula, depois de saber que o amigo petista não irá apoiá-lo caso perca nos votos e insista em seguir no poder, é mais um caso para se tratar com risadas do que como crise internacional.
O Brasil é que não tinha nada que mandar técnicos para a Venezuela, desde o início. Depois que o TSE cancelou a ida de observadores para a eleição venezuelana, foi imediatamente seguido pela Colômbia.
Liderança se constrói com gestos e não com gritos.