Opinião

Pandemia não é o fim do mundo, diz Osmar Terra

Para ele, a quarentena imposta pelos governantes pode ter piorado a infecção do covid-19, mesmo que essa seja uma medida preventiva da doença

JC
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JC
Publicado em 26/05/2020 às 6:19
Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
O deputado Osmar Terra (MDB). Fora do Youtube, não consegue explicar nada. - FOTO: Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

O ex-ministro da Cidadania e deputado Osmar Terra (MDB-RS), que tem experiência no combate à gripe
H1N1, afirmou em entrevista ao site Diário do Poder e a esta coluna, que o novo coronavírus “não é o fim do
mundo”, como setores da imprensa “venderam” a doença. Ele considera que a quarentena imposta pelos
governantes pode ter piorado a infecção do covid-19. Segundo ele, “estamos sendo vítimas de uma
experiência”, a experiência do isolamento pela primeira vez em situação de pandemia. “Já tivemos dezenas
de pandemias, e nunca se fez isso”, diz Osmar Terra, ex-secretário de Saúde gaúcho durante o surto do
H1N1. Sobre a chance de assumir o Ministério da Saúde, o médico Osmar Terra desconversa, e diz que “já
ajuda o governo de qualquer forma possível”. “Sou eternamente grato pelo reconhecimento (de ter sido
ministro de Estado). Não tem homenagem maior que essa”, revelou.

Governo federal faz mais

A responsabilidade pelo combate ao coronavírus é dos governos estaduais e municipais, por decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF), mas, para a maior parte dos brasileiros (31,2%), o governo federal é que
mais trabalha contra a pandemia, segundo pesquisa exclusiva do instituto Orbis para o site Diário do Poder.
Mas 43% dos entrevistados afirmam “não saber responder”, enquanto para 11% é a Câmara é a que mais
trabalha, seguida do STF com 10,8% e o Senado, com apenas 4%. Sobre o uso da cloroquina no estágio
inicial do tratamento contra a covid-19, 39,9% disseram ser contra e 39,1%, a favor; 21% não sabem. Norte e Centro-Oeste estão empatadas como o maior apoio ao uso da cloroquina: 46,5% a favor. No Sul, 50,6% são contra ao medicamento. Márcio Pinheiro, do Orbis, disse que as entrevistas são anteriores ao vídeo polêmico, e não é possível avaliar se impactariam nos números. O Instituto Orbis ouviu 2.681 pessoas no dia 22 de maio, em todo o País. A margem de erro, para mais ou para menos, é de 1,89%.

 

Absurdos

É vergonhosa a decisão do TRT-10 que protege de demissão por justa causa quem for flagrado fumando
maconha no intervalo do expediente, mesmo se concluindo o retorno do sujeito ao serviço sob efeito da
droga.

Recado

O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso atribuiu a onda de fake
news a “milícias digitais”, que chamou de “terroristas digitais”. Aproveitou e cobrou “jornalismo
responsável”.

Valdetário

Em Brasília, há torcida nos meios jurídicos pela indicação de Valdetário Monteiro, ex-conselheiro do CNJ e
secretário da Casa Civil do governo do DF, para eventual vaga de ministro do Superior Tribunal de Justiça.

Insistência

O ex-governador José Roberto Arruda está fora do poder, mas sempre dá sinal de vida. Tentou emplacar um
apadrinhado na Caesb, estatal de águas e saneamento do Distrito Federal, mas não conseguiu.

Frase

"De forma alguma”, Sergio Moro ao ser perguntado se se arrepende de ter sido ministro de Jair Bolsonaro

Se habilita?

Relator da Lei de Abuso de Autoridade, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) acha que o artigo 28 enquadra
de fato o ministro Celso de Mello, do STF, por divulgar vídeo “sem relação com a prova que se pretendia
produzir (...), ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado”.

Honorários

Espantam credores da encrencada Rodovias do Tietê os honorários de R$ 10 milhões dos advogados da
recuperação judicial. Casos assim, de uma dívida de R$ 1,6 bilhão pulverizada entre 19 mil credores,
honorários advocatícios usuais giram em torno de R$ 3 milhões. Aí tem coisa.

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