Opinião

Engavetar projetos é o jeito 'Rodrigo Maia' de fazê-los "caducar"

Leia a opinião de Cláudio Humberto

JC
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JC
Publicado em 01/09/2020 às 6:27 | Atualizado em 01/09/2020 às 6:50
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Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados - FOTO: Divulgação

Segura penduricalhos

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, “engavetador geral” de projetos que extinguem privilégios, trancou
em sua gaveta a proposta de emenda (PEC) acabando os “penduricalhos” que tornam simples salários em
vencimentos de marajás. No dia 17 completa um ano que o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB)
apresentou a proposta. Até hoje, Maia nem sequer designou o relator. Em dois anos, diz Cunha Lima, graças
a penduricalhos, 8 mil juízes receberam R$100 mil ao menos em um mês. O caráter ilegítimo dos
pagamentos fica claro quando os Três Poderes escondem a sete chaves o custo bilionário dos penduricalhos.
A PEC 147 extingue penduricalhos desmoralizantes do serviço público, como auxílio-moradia, auxílio paletó, auxílio-livros, auxílio-babá... etc etc. Pedro Cunha Lima lembra que num Brasil sem creches para os
pobres, tem auxílio-creche para quem ganha R$30 mil mensais no setor público. Engavetar projetos é o jeito
Rodrigo Maia de fazê-los “caducar”, como faz com medidas provisórias de Bolsonaro, ou condená-los ao
esquecimento

Mês da virada na pandemia

Agosto pode ser marcado como o mês da virada do Brasil, na pandemia do coronavírus, e o primeiro a
encerrar com menos casos que o anterior. O mês começou com 731,2 mil pessoas infectadas e chegou a
818,5 mil, mas termina com 689 mil, queda de 5,8% em relação ao início do mês e impressionantes 16%
comparado ao pico. A previsão é que a tendência de queda das últimas três semanas seja mantida até chegada da vacina. A média de mortes pelo vírus despencou 19% em agosto, de 1.060 para 860, o menor número desde meados de maio. A virada começou a se confirmar na segunda quinzena do mês quando os novos casos começaram a ser superados pelas pessoas curadas. O achatamento da curva no Brasil é traduzido pelo jornalismo funerária de “paramos no pico”. Nos EUA, foram 18 dias acima de 2 mil óbitos

Sem noção

A decisão do ministro Dias Toffoli, ordenando a conversão em dinheiro de um terço das férias (de 60 dias)
de juízes federais e do Trabalho, descoberta pelo site Diário do Poder, na madrugada de sábado, são contadas em dobro. E mostrou que o setor público segue alheio à crise.

Safadeza

São até modestos, para os padrões de corrupção estabelecidos nos governos do PT, os valores das denúncias contra Wilson Witzel. Como o pagamento de contas do escritório de advocacia da primeira-dama do Rio em dinheiro vivo, sendo que R$4 mil é o valor mais expressivo.

Foi mole

Levar o ex-médico Roger Abdelmassih de volta à prisão foi mole, ele estava em casa. Já os bandidões do
PCC ou Mizael Bispo, que matou a ex-namorada, soltos a pretexto da pandemia, que seria bom, nada.

Regalias

Depois de retirados pela polícia do centro de operações dos Correios, o presidente do sindicato regional,
Oseias Vieira, confirmou que regalias da empresa viciam. “Não dá para trabalhar sem esses benefícios”, disse.

Multas

As multas eleitorais renderam R$ 41,4 milhões... aos partidos políticos, somente em 2020. Multas de
candidatos por campanha antecipada ou irregular são distribuídas como um “bônus” do fundão partidário.

Ednardo

Encontra-se na UTI de hospital em Fortaleza, com quadro de infecção e sintomas de covid-19, o cantor
cearense José Ednardo Soares Costa Sousa, 75, autor da lendária composição “Pavão Mysteriozo”.

Frase

"É preciso acabar com essa montanha de penduricalhos”, Ex-ministro da Fazenda Delfim Netto,
inconformado com os privilégios do setor público

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