OPINIÃO

Esquerda está eufórica com crescimento de Boulos em São Paulo, mas se Covas não cai, pouco adianta

Se cresce em flecha, Boulos chegará domingo (29) bem próximo do líder. Mas, para vencer, terá de torcer para Covas perder ao menos 4 pontos

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 27/11/2020 às 7:44 | Atualizado em 27/11/2020 às 8:41
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A campanha de Boulos no 2º turno foi mais eficiente, mas o ajuda muito a rejeição dos paulistanos ao governador João Doria: 51%, diz o Ibope - FOTO: DIVULGAÇÃO

Boulos cresce, mas Covas ainda segue favorito

A esquerda gourmet da Av. Faria Lima está eufórica com o crescimento de Guilherme Boulos em São Paulo, mas o problema para o candidato do PSOL é o eleitorado consolidado de Bruno Covas. De pouco adianta Boulos crescer se o prefeito não cai nas intenções de voto, lembra Murilo Hidalgo, presidente do Paraná Pesquisas. Ao menos com 48% segundo vários institutos, Bruno Covas é quem tem a mão mais próxima da “taça”. Se cresce em flecha, Boulos chegará domingo (29) bem próximo do líder. Mas, para vencer, terá de torcer para Covas perder ao menos 4 pontos. O Ibope apurou crescimento de 2 pontos de Boulos, mas a XP/Ipespe diz ter sido 9. Um dos dois errou a ponto de sair do ramo, fechar as portas. A campanha de Boulos no 2º turno foi mais eficiente, mas o ajuda muito a rejeição dos paulistanos ao governador João Doria: 51%, diz o Ibope. A euforia ainda não fez a esquerda caviar paulistana seguir o caminho de Boulos, que trocou seu endereço chique pela periferia pobre da cidade.

Segurança espanta catarinenses

O embaixador americano Todd Chapman, que estudou no Brasil quando jovem e tem publicado posts simpáticos sobre o País anfitrião, comporta-se como se estivesse em Bagdá ou Cabul. Na noite de quarta (25), ele saboreou com familiares a comida japonesa do Sushi Yama, bairro Canto da Lagoa, em Florianópolis. Mas o restaurante foi solicitado a impedir a entrada de clientes antes da chegada do figurão, protegido por seis “marines”. Aparentemente havia outros seguranças fora do restaurante. Espantou, até assustou, clientes do restaurante o esquema de segurança do embaixador que se orgulha da amizade ao presidente Bolsonaro. Após o jantar, os familiares deixaram o restaurante, mas a segurança fez Chapman esperar 7 minutos até se certificar de que não corria riscos. A coluna quis saber o que o embaixador tanto teme no Brasil. Mas não houve quem atendesse o nosso telefonema: era feriado de Thanksgiving.

STF em xeque

Teve o “dedo” do ministro José Levi (AGU), advogado brilhante, a decisão de Bolsonaro abrindo mão de depor no inquérito de “interferência na PF”. O recado é: se há prova, que o indiciem. Mas no Planalto até as paredes estão convencidas de que o objetivo era humilhar o presidente.

Mandou bem

A visita de ontem do chanceler Ernesto Araújo à Guiana, que faz fronteira com a Venezuela, deve ter deixado o ditador Nicolás Maduro paranoico. E com toda razão. A Guiana é parceiro estratégico do Brasil na região.

Guardião

Após espalharem que o STF não vai barrar a manobra ilegal para Rodrigo Maia e Alcolumbre se reelegerem, o senador Álvaro Dias (PodePR) indagou: “Quer dizer que o Supremo vai rasgar a Constituição?”

Covardia

Chega a ser covarde o novo aumento de 4% no preço dos combustíveis, imposto pela Petrobras treze dias depois do anterior. A estatal continua fazendo pouco dos brasileiros. Até a próxima greve dos caminhoneiros.

Direita a volver

Após o casamento de jacaré com cobra d’água, que uniu DEM e PDT em Salvador, no primeiro turno, o senador Cid Gomes (PDT-CE), um ex-tucano, defende união do PDT ao PSDB. Ainda faltam PTB, PP etc.

Comer

O agronegócio brasileiro continua dando show e, apesar de todos os percalços da pandemia, a participação de produtos agropecuários nas cargas dos portos brasileiros subiu 33% em relação ao ano passado.

Frase

"Uma excelente notícia”, presidente Bolsonaro sobre a criação de quase 400 mil empregos formais em outubro.

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