Opinião

O ex-presidente Lula segue a estratégia de desqualificar quem o investiga, denuncia e julga

Leia a opinião de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 05/02/2021 às 7:03 | Atualizado em 05/02/2021 às 7:03
RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA
Ministro atendeu a um pedido da defesa de Lula - FOTO: RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA

Velho cacoete

Condenado por corrupção e outras maracutaias, o ex-presidiário Lula segue a estratégia de desqualificar quem o investiga, denuncia e julga. Como observou certa vez o então presidente do STJ, João Otavio de Noronha, curiosamente, Lula nunca contesta as provas abundantes.

Mais de R$ 17 bilhões

Dezenove estatais federais dependentes do Tesouro Nacional para pagar suas contas receberam em 2019 mais de R$17 bilhões retirados do bolso de quem paga impostos. A maioria dessas estatais é deficitária, mesmo recebendo subvenções bilionárias, segundo atestou a Secretaria de Desestatização do Ministério da Economia. Apesar de deficitários, esses centros de ineficiência continuam concedendo generosos penduricalhos, benefícios, auxílios e bônus a diretores e funcionários.

Sugam recursos do Tesouro as estatais Amazul (ligada à Marinha), CBTU, Ceitec, Codevasf, Conab, EBC, CPRM e outras dispensáveis. Entre as sanguessugas ainda estão Ebserth, EPL, GHC, HCPA, INB, Nuclep, além de Imbel, Telebrás ("extinta" por FHC), Trensurb e Valec.

A Ceitec S/A simboliza o absurdo: até teve sua liquidação iniciada, mas a Justiça condenou o Brasil a continuar sustentando essa inutilidade. Estatal de "tecnologia avançada" (sic), a Ceitec diz ter pessoal "altamente capacitado", mas paga benefícios para cursos profissionalizantes.

Mesa diretora da Câmara

Trocando em miúdos, a longa lista de resoluções na reunião da mesa diretora da Câmara, nesta quinta-feira (4), deixou claro que nas votações realmente importantes serão confiáveis para os deputados apenas a urna e a cédula de papel. Já outras deliberações "menos relevantes" podem ser votadas remotamente. Mas, na vida como ela é, a maioria dos parlamentares passa a senha para assessores de confiança, que votam pelos legisladores, e estes permanecem no conforto do home-office.

Na prática, é assim: o parlamentar instrui seu preposto: sempre a favor do Executivo se for governista ou sempre contra, caso seja de oposição. Temendo envolvimento em escândalos, com o rastreamento de voto, assessores acabarão compartilhando a senha com colegas do gabinete. Com a permanência de suas excelências no conforto da base, sua senha eletrônica será de domínio também dos escritórios políticos nos Estados.

Finalmente 

O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), marcou para a próxima terça-feira (9), às 10h, a primeira reunião do Colégio de Líderes, após a eleição da nova composição da Mesa Diretora.

 

Caso de sucesso

O Podemos, ex-Partido Trabalhista Nacional (PTN), é um fenômeno no Senado. Quase duplicou a bancada de cinco para nove senadores em relação ao início da legislatura e já é maior que o tradicional PSDB.

Fim da mamata 

Entre as 34 proposições que Bolsonaro elencou como prioridades para o Congresso em 2021, está o projeto que acaba com antiga malandragem no serviço público: abonos, adicionais e etc, que driblam o teto salarial.

Nem precisava 

Heitor Freire (PSL-CE) apresentou projeto de lei para permitir a quebra de patente das vacinas contra a covid-19, para serem fabricadas no Brasil. Não precisa. Tratado no âmbito da Organização Mundial do Comércio permite a quebra temporária de patentes em caso de emergências.

Nem o básico

Bastou retirar Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre de suas cadeiras e a comissão de Orçamento será criada. Os ex-chefes do Congresso nem sequer instalaram a comissão porque priorizaram a briga com Bolsonaro.

Frase

"Não há prova da autenticidade das mensagens" - Ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro, sobre supostas mensagens roubadas por hackers de celulares de membros da força-tarefa da Lava Jato.

 

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