Opinião

Governo Jair Bolsonaro tem empresas prontas para serem leiloadas

Leia a opinião de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 01/03/2021 às 6:54 | Atualizado em 01/03/2021 às 7:14
MARCOS CORRÊA/PR
COVID Parecer da PGR afirma que indiciados não incentivaram desrespeito - FOTO: MARCOS CORRÊA/PR

Mais 3 estatais à venda

Após deflagrar o processo de privatização da Eletrobrás e também dos Correios, duas das maiores e mais problemáticas estatais federais, o governo Jair Bolsonaro tem prontas para levar a leilão outras empresas. O ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) fez o dever de casa e contribui com duas dessas estatais prontas para serem vendidas: a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S/A (Trensurb) e Cia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-BH), que opera em Belo Horizonte. A terceira na marca do pênalti é a Codesa, que opera o porto de Vitória, estatal subordinada ao elogiado ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura). A CBTU e a Trensurb estão no Programa Nacional de Desestatização (PND) desde setembro de 2019. Só falta empurrar para dentro do gol. A Cia das Docas do Espírito Santo (Codesa) mofa à espera de sua privatização desde junho de 2018, quando foi incluída no PND. Ao longo dos anos, essas três estatais se transformaram em verdadeiras usinas de privilégios e regalias sustentadas pelo pagador de impostos.

Rotina de exploração em Brasília

Toda privatização é necessária, mas abusos devem ser contidos. Em Brasília, comerciantes do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek denunciam maus-tratos da Inframérica, dona da concessão do terminal. Aproveitando-se da pandemia, a concessionária é acusada de forçar a saída dos comerciantes e parceiros, pressionando-os com aluguéis muito altos, apesar do movimento de passageiros ser só uma fração do normal. O maior problema dos parceiros do aeroporto é instância de recurso: a Anac se omite, o governo também. O jeito é apelar à lentidão da Justiça. Os altos aluguéis, que segundo denúncias chegam a R$200 mil mensais, acabam refletidos nos preços elevados das mercadorias à venda. A Inframérica desafia autoridades. Manteve esquema picareta de venda de assinaturas de revistas, apesar de o Procon haver lacrado o stand.

'Inimputáveis'

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), sempre trata com desassombro assuntos relativos ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ministério público, segundo o deputado, integrados por "inimputáveis". Para ele, "não importa o que façam, nunca pagam por suas atitudes".

Cada um na sua

Associação de Clínicas de Vacinas celebrou o registro definitivo da Pfizer, mas reiterou que "a prioridade para aquisição de vacina deve ser do governo federal" e que as clínicas atuarão de forma complementar.

Frase

Não fico feliz com a decisão, mas é necessário" - Governador do DF, Ibaneis Rocha, sobre o lockdown, após alta na ocupação das UTIs.

Privilegiados

Ricardo Barros é inconformado com a dificuldade para viabilizar o auxílio emergencial. Ele diz que holerites da Justiça mostram ganhos de R$150 mil em um mês, mas o País não sabe como pagar R$250 aos carentes.

Comparação

O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que a vacinação tem deixado muito a desejar no Brasil e citou como exemplo Israel, país rico e 25 vezes menor. Paim ignora que o Brasil já vacinou tantas pessoas quanto Israel.

Ótima notícia

O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina da (FGV) pulou quase 10 pontos, (60,7 para 70,5) entre o 4º trimestre de 2020 e o 1º trimestre de 2021. É o maior nível do indicador desde o início de 2020.

Trabalho

Finalmente reaberto, o Conselho de Ética da Câmara marcou para terça-feira (2) a análise dos casos do deputado Daniel Silveira, preso pelo STF por um vídeo publicado nas redes sociais, e de Flordelis (PSD-RJ), acusada de ser a mandante do assassinato do marido, em 2019.

 

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