OPINIÃO

Cotada para ministra da Saúde, Ludhmila Hajjar diz ter saído de Brasília após sofrer "ameaças de morte"

"Ela denunciou tentativas de forçar a entrada em sua suíte, no Hotel B, um dos mais cuidadosos quanto à segurança dos hóspedes, mas o exame das câmeras de vigilância não confirma a alegação". Leia a opinião de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 17/03/2021 às 6:15
Reprodução/Doctoralia
Nos bastidores, Ludhmila tem a simpatia de políticos influentes do Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL) - FOTO: Reprodução/Doctoralia

Denúncia não se confirma

O “furacão Ludhmila Hajjar” deixou marcas em Brasília e várias perguntas sem resposta. Citada para o cargo de ministra da Saúde, ela denunciou tentativas de forçar a entrada em sua suíte, no Hotel B, um dos mais cuidadosos quanto à segurança dos hóspedes, mas o exame das câmeras de vigilância não confirma a alegação. Apesar de sentir-se ameaçada, não se queixou à direção ou à recepção, tampouco registrou boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia, a 150 metros do hotel. Outro fato constrangedor foi o ministro das Comunicações, Fabio Faria, negar o convite para ser ministra e que ela tenha divergido de Bolsonaro. Fábio Faria tentou ser elegante, elogiando a médica e a defendendo de acusações, mas “não pode ter havido recusa a convite que não foi feito”. Após deixar Brasília, a médica disse estar protegida por seguranças e carro blindado após “ameaças de morte”, sem as especificar. Tentamos ouvir Ludhmila sobre suas alegações, inclusive ameaças de morte, mas ela não respondeu às nossas tentativas de contato.

Não há coincidências na política

A sugestão do deputado Gil Cutrim (PDT-MA) para relatar o projeto que viabiliza a privatização dos Correios foi uma demonstração de que não há coincidências na política. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sabe que Cutrim está de saída do PDT e é o único cujo acordo para manutenção do mandato está bem avançado. O aceno com a relatoria dos Correios foi visto como um tapete de “boasvindas” para o “centrão”. A relatoria da privatização dos Correios será uma espécie de teste das capacidades do jovem deputado maranhense de primeiro mandato.

Sem acordo

A situação de Tabata Amaral (SP), Flávio Nogueira (PI) e Marlon Santos (RS) não é tão simples: o processo segue tramitando na justiça eleitoral.

Finalmente

A Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprovou ontem, sem quaisquer alterações, os 16 relatórios setoriais da despesa para a proposta orçamentária deste ano. O Orçamento será votado no dia 23.

Show da vida

Segundo o “plano de trabalho” do processo contra Flordelis (PSDRJ), acusada de mandar matar o marido, vão depor no Conselho de Ética os delegados responsáveis pela investigação e cinco filhos da deputada.

Sempre tarde

A comissão que trata da covid no Senado, a terceira do Congresso, vota nesta quarta-feira convites para que representantes de grandes empresas de oxigênio medicinal “prestem informações”. A crise do oxigênio no Amazonas foi em janeiro.

Brasil do milhão

A criação de 260.353 empregos formais em janeiro, a melhor do mês na série histórica, fez o Brasil superar a marca de 1,04 milhão de vagas formais criadas desde o início do governo em 2019, apesar da pandemia.

Pluralidade

A deputada Erika Kokay (PT-DF) disse ser contra a privatização da EBC. E o motivo seria a defesa da “pluralidade de ideias”, algo inédito no campo político, na prática, há muito tempo. Especialmente no PT.

Frase

"Todos os setores tiveram saldo positivo” - Secretário Bruno Bianco (Previdência e Trabalho) sobre o resultado recorde na criação de empregos.

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